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上訴案第407/2018號
上訴人:A





澳門特別行政區中級法院合議庭判決書

上訴人A於2016年在第三刑事法庭合議庭普通刑事案第CR3-15-0388-PCC號卷宗內,因觸犯一項澳門《刑法典》第198條第2款e項所規定及處罰的「加重盜竊罪」、一項第17/2009號法律第14條所規定及處罰之「不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪」、一項第17/2009號法律第15條所規定及處罰之「不適當持有器具或設備罪」及一項澳門《刑法典》第262條第1款配合11月8日第77/99/M號法令第1條f項及第6條第1款b項所規定及處罰的「持有禁用武器罪」,分別被判處3年徒刑、2個月徒刑、2個月徒刑及2年3個月徒刑。四罪競合,合共被判處4年實際徒刑的單一刑罰,以及與同案另一名被判刑人以連帶責任方式向受害人賠償,合共澳門幣貳萬叁仟叁佰貳拾捌元(MOP$23,328.00)(見徒刑執行卷宗第4頁至第14頁)。被判刑人不服判決,向中級法院提起上訴,中級法院於2016年7月14日上訴理由不成立,裁決於2016年7月28日轉為確定。

判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2019年7月15日服完全部徒刑,並且已於2018年3月15日服滿了2/3刑期。

刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-172-16-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2018年3月15日作出批示,否決上訴人的假釋申請。

對此,上訴人A表示不服,向本院提起上訴,並且提出了上訴理由:
1. 原審法院尊敬的法官 閣下於批示否決了上訴人之假釋申請。
2. 根據上述條文規定及尊敬的中級法院合議庭之多個裁決中,可以得知是否給予假釋取決於有關的形式要件和實質要件是否同時成立。
3. 在尊敬原審法院法官 閣下之批示中,亦確認上訴人毫無疑問符合了刑法典第56條所規定之形式要件,因其已服超過三分二之刑罰。
4. 在特別預防方面,上訴人在服刑期間,一直行為良好,並無任何違反監獄紀律的紀錄,獄方亦一直對上訴人的行為總評價評為“良”的級別。
5. 原審法院的批示認為,上訴人至今仍未支付有關賠償金,亦未作出任何賠償的計劃,為此,原審法院認為上訴人是否對其行為感到真誠悔悟存有保留,而認為提早釋放上訴人亦等同降低其犯罪成本。
6. 上訴人在尊重被上訴的批示的觀點下有不同的見解。
7. 上訴人未向被害人支付賠償這個事實在判刑的時候已經做出慎重的考量,即經考慮、判處4年實際徒刑,故不會損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望,動搖社會的安寧。
8. 上訴人仍未支付賠償金,只是因為上訴人現在監獄服刑,暫時沒有經濟能力做出支付。
9. 僅因上訴人未能向支付賠償,而就此認定上訴人在獄中的表現以及悔悟其行為對社會的影響,確為不妥,否則只會使人產生“未支付賠償便不能假釋”的錯誤觀念,這也不符合刑法所要追求的刑罰的目的。
10. 根據澳門監獄社會援助、教育暨培訓處技術員製作的假釋報告,當中亦建議應考慮給予上訴人假釋,同樣地,監獄獄長亦同意給予上訴人假釋。
11. 更重要一點是,基於同樣理由,尊敬的檢察官 閣下亦同樣同意給予上訴人假釋。
12. 檢察院之意見提及,上訴人一直表現良好,行為體現出對自己罪行之悔悟,表現評價正面,可見已吸取教訓,因此期待一旦獲釋,可以對社會負責之方式生活。
13. 本案是上訴人首次入獄,這說明上訴人並不是慣性犯罪,具教化的可能,上述獄中技術員、監獄獄長以及甚至檢察院的建議及同意亦印證了這一點。
14. 上訴人在犯罪的特別預防方面已得出對他的提前釋放有利的結論,符合特別預防的要求。
15. 在一般預防而言,對公眾已產生了極大之影響,所有人都知道實施上述犯罪將導致嚴重的後果,不敢犯下相關之罪行,這對一般預防而言,已達到了其應有之效用,毫無疑問,此個案已符合了一般預防之目的。
16. 上訴人在監獄中渡過了的時間對社會公眾來說,已產生了極大之威嚇,為此,對於一般預防而言,即使犯罪嚴重,已達到了一般預防之後果。
17. 雖然原審法院不批准上訴人之假釋,但獄中之社會援助工作人員、監獄獄長以及檢察院亦認為上訴人已有穩定的心理建設,犯罪機會也相對較低,已建議批准假釋。
18. 上訴人相信,上述機關作出之意見亦已同時考慮一般預防及特別預防方面,從而作出有關意見。
19. 因此,法官在考慮一般預防以及再次犯罪及影響社會安寧時,應採納上述之意見。
20. 如按原審法院之理解,那麼只要為嚴重犯罪,無論服刑多少年或不存有犯罪或違規行為,獄中工作人員意見為何,都一概不給予假釋。
21. 但我們絕對不應該這樣理解,因為這樣的理解並不符合我們所知道刑罰的真正目的。
22. 上訴人認為,給予上訴人假釋,會較否決其假釋之申請適合。
23. 上訴人如獲假釋,其在假釋之考驗期內必須嚴格遵守法律,因此,給予上訴人假釋,給予其假釋之考驗期,對上訴人重返社會及重新適應社會將會有更大之幫助。
24. 綜上所述,上訴人明顯符合了刑法典第56條規定假釋之要件,應給予其假釋之機會,故原審法院之批示違反了刑法典第56條之規定。

檢察院對上訴人A所提出的上訴理由提出回覆:
1. 本案涉及內地居民A於2016年5月13日,在初級法院CR3-15-0388-PCC號卷宗,因觸犯一項《刑法典》第198條第2款e項所規定及處罰的「加重盜竊罪」,一項第17/2009號法律第14條所規定及處罰「不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪」,一項同法律第15條所規定及處罰「不適當持有器具或設備罪」,以及一項《刑法典》第262條第1款配合11月8日第77/99/M號法令第1條f項及第6條第1款b項所規定及處罰的持有禁用武器罪,四罪競合,中級法院在第466/2016號卷宗駁回嫌犯上訴,維持原判。
2. 有關刑期終止於2019年7月15日,於2018年3月15日服滿法定申請假釋所取決的刑期。
3. 2018年2月2日,澳門監獄就囚犯A的首次假釋製作了報告,表示同意囚犯的假釋。
4. 檢察院建議給予囚犯A假釋。
5. 2018年3月15日,刑事起訴法庭法官否決了囚犯的假釋請求。
6. 上訴人在上訴詞中指稱上訴人仍未支付賠償金是因為沒有經濟能力,不能因此就認為上訴人沒有真誠悔悟。再者,澳門監獄及檢察院均同意給予上訴人假釋,不應因為是嚴重犯罪一概不給予假釋。
7. 本案中,明顯地,上訴人已符合了假釋的形式要件,且在獄中表現良好。
8. 除此之外,假釋的給予還需要考慮囚犯人格的轉化及其犯罪行為對社會帶來的影響,前者依據囚犯獄中表現,後者依賴社會大眾對其所犯罪行為嚴重性的反映來衡量。
9. 本案中,上訴人確實至今未有支付司法費用及賠償金,考慮到其來自異農民家庭,家人以務農為主,似乎情有可原,事實上,鮮有在囚外地人士繳納司法稅或賠償金,這一方面是因囚犯的經濟能力有限,另一方面對於外地人士,本澳法律的追繳程序無法展開有關。
10. 我們認為,是否繳納司法費用及賠償金是犯罪人對其行為悔悟的一種表現,但不能因未繳納相關款項便認定其沒有真誠悔悟其行為對他人帶來傷害。
11. 上訴人在本案中與他人合作入屋盜取財物,之後在邊境被截獲時發現藏有盜竊工具及軍刀,以及海洛因及吸食用的針筒、針咀,因此觸犯加重盜竊罪、不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪、不適當持有器具或設備罪及持有禁用武器罪,分別被判處三年徒刑、兩個月徒刑、兩個月徒刑及兩年三個月徒刑,四罪競合,合共被判處四年實際徒刑,至今服刑兩年七個月,就犯罪性質而言不能視為輕微,但必須指出,監獄除了作為懲治場所之外,更應是個教育更新機構。
12. 上訴人表示出獄後將返回家鄉,事實上,上訴人即使獲得假釋,亦必然被驅逐出境,因此,原則上而言,其出獄將不會對本地治安增加明顯壓力。
  綜上所述,上訴人的上訴理由應予成立,應撤銷原審法院刑事起訴法庭的決定,給予上訴人假釋。

在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見1。

本院接受人A提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理。各助審法官審閱了案卷,並召開了評議會,經表決,合議庭作出了以下的判決:

一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A於2016年在第三刑事法庭合議庭普通刑事案第CR3-15-0388-PCC號卷宗內,因觸犯一項澳門《刑法典》第198條第2款e項所規定及處罰的「加重盜竊罪」、一項第17/2009號法律第14條所規定及處罰之「不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪」、一項第17/2009號法律第15條所規定及處罰之「不適當持有器具或設備罪」及一項澳門《刑法典》第262條第1款配合11月8日第77/99/M號法令第1條f項及第6條第1款b項所規定及處罰的「持有禁用武器罪」,分別被判處3年徒刑、2個月徒刑、2個月徒刑及2年3個月徒刑。四罪競合,合共被判處4年實際徒刑的單一刑罰,以及與同案另一名被判刑人以連帶責任方式向受害人賠償,合共澳門幣貳萬叁仟叁佰貳拾捌元(MOP$23,328.00)(見徒刑執行卷宗第4頁至第14頁)。被判刑人不服判決,向中級法院提起上訴,中級法院於2016年7月14日上訴理由不成立,裁決於2016年7月28日轉為確定。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2019年7月15日服完全部徒刑,並且已於2018年3月15日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2018年2月7日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2018年3月15日的批示,否決了對A的假釋。

二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看。
上訴人在獄中,沒有申請報讀回歸課程及職業培訓。空閒時喜歡做運動及看書。上訴在獄中的行為總評價為“良”,屬“信任類”。監獄方面均作出上訴人可以提前出獄的建議。雖然,上訴人這些顯示其在人格塑造方面的積極因素多少給其重返社會創造了有利的條件,但是,我們也同意原審法院所基於上訴人因賭博輸錢就走向犯罪之路所顯示的自控力不足,尚需時與以觀察的見解,我們認為,上訴人在獄中服刑的時間尚短,還沒有足夠的時間來考察一個曾犯罪的囚犯人格的塑造的完整程度,就犯罪的特別預防方面仍然沒有辦法得出積極的結論,仍然還不能說上訴人在犯罪的特別預防方面已經為重返社會做好積極的準備。
更何況,上訴人以旅客身份來到澳門進行嚴重的犯罪行為,嚴重侵犯了旅遊城市形象,這對於一個以旅遊博彩也為主要產業的城市來說,在犯罪的一般預防以及維護社會法律秩序的方面具有更嚴格的要求,對此類的行為的提前釋放,在這個社區人們的心理接受之前,確實是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊。
那麼,上訴人還不具備基本的假釋條件,這就決定了法院還不能作出假釋的決定。因此,上訴人的上訴理由不能成立,應該予以駁回。

三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處A的上訴理由不成立,維持原審法院的決定。
本案訴訟費用由上訴人支付,並應繳納4個計算單位的司法稅。
上訴人還須支付委任辯護人的費用為1500澳門元。
澳門特別行政區,2018年5月31日
蔡武彬
司徒民正
陳廣勝
1 其葡文內容如下:
   Entendemos que não deve ser reconhecido razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
   Por forço do art.º 56 n.º 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência do pressuposto formal e do pressuposto material.
   É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenho já cumprido dois terços do peno de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à visto da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
   Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
   Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo, em referência às circunstâncias da sua resocialização, que “… se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medida deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (Cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português - As consequências Jurídicas do Crime, 2a. Reimpressão, §850).
   Devidamente analisados os autos, foi o recorrente, não residente de Macau, condenado, na pena de 4 anos de prisão pela prática de 4 crimes de furto qualificado, detenção de armas proibidas, consumo de estupefacientes e detenção indevida de utensílios, de elevada gravidade, perturbando seriamente a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., violando o direito de privacidade e a tranquilidade das pessoas e criando sentimentos de inquietude e de insegurança.
   Apesar do comportamento adequado durante o período do cumprimento da pena de prisão, ou seja, do “bom comportamento prisional”, o recorrente não cumpriu na íntegra a decisão judicial que lhe condenou, nomeadamente a parte relativo ao pagamento das custas judiciais e da indemnização.
   A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre parte relevante dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
   Em referência à natureza e à consequência jurídica do crime de furto qualificado, são evidentes a gravidade do crime, o prejuízo para a ordem da economia e a perturbação da tranquilidade social, tudo consequência do acto ilícito praticado pelo recorrente, já que a gravidade dos crimes e o demais cirunstancialismo envolvente, deve ser projectado no sentido de apurar se a libertação antecipada do recorrente irá por em causa a confiança da comunidade no sistema jurídico, sendo relevante a exigência de prevenção geral dessa criminalidade que se constitui como risco sério para a economia e a paz social.
   In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto aos tipos de crimes praticados pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do disposto n.º 56 n.º 1 do C.P.M..
   Pelo exposto, concordando como doutamente exposto no despacho recorrido, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto n.º art.º 56 n.º 1 do C.P.M..
   Concluindo, entendemos que deve ser dada improcedência ao recurso interposto do recorrente A.

2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-407/2018 P.10