上訴案411/2014號
上訴人:A(XXX)
澳門特別行政區中級法院判決書
在初級法院的刑事訴訟卷宗第CR3-12-0120-PCC號案中,上訴人A被控告為共同正犯、既遂方式觸犯一項《刑法典》第152條第2款a項規定及處罰之「加重剝奪他人行動自由罪」,罪名成立,處以三年九個月實際徒刑。另須繳付四個計算單位之司法費及和其他嫌犯共同承擔其他訴訟負擔,以及向法務公庫交納澳門幣500元之捐獻,納入保護暴力犯罪受害人基金。
判決已生效,現正在服刑,並且已於2014年5月16日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-043-13-1-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2014年5月16日作出批示,否決上訴人的假釋申請。
對此,上訴人A表示不服,向本院提起上訴,並且提出了以下的上訴理由:
1. 被上訴批示否決給予上訴人的本次假釋申請,認為如果提前釋放上訴人,將損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望,未能使社會大眾接受被判刑者的嚴重犯罪行為所造成的對法律秩序帶來的極大衝擊及對社會安寧帶來的負面影響。
2. 根據本卷宗資料顯示,上訴人為首次入獄,在服刑期間行為的總評為“良好”,屬“信任”類,沒有任何違規紀錄。
3. 澳門監獄社會援助、教育及培訓處技術員及澳門監獄獄長的同意給予上訴人假釋。(見卷宗第9至15頁及卷宗第7頁)。
4. 事實上,卷宗內所載的有關上訴人的服刑資料已足以令其相信,倘上訴人一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪,以及釋放上訴人亦不會影響維護法律秩序及社會安寧。
5. 被上訴的批示認為,由於上訴人所犯的罪行是具加重情節的剝奪他人行動自由罪,其所為對法律所要保護的法益及社會治安造成極其負面的影響,嚴重危害到公民的安全和社會的安寧,且亦對澳門作為博彩旅遊城市之良好形象造成嚴重不利的影響,由此,倘若提前釋放上訴人將有礙法律秩序的權威及社會的安寧。
6. 但按照這思考方法,豈不是,在被判刑人被定罪時,早已被注定是無機會獲得假釋的?而不論被判刑人於入獄後是如何的積極改過自身及努力重新做人?
7. 明顯地,透過上述各點看出,被上訴之批示否定了被判刑人過往在獄中遵守紀律,積極改過自身,樂意接受刑罰將其改變成為一個對社會負責任的人的事實。
8. 這是我們《刑法典》第56條的立法原意嗎?
9. 《刑法典》第56條的規定,設立假釋制度是用來配合刑罰的目的,鼓勵被判刑人入獄後積極改過自新,當被判刑人符合假釋的形式及實質要件時,達到了保護法益的功能,而給予其提早重返社會、更新人生的一個機會。
10. 被上訴之批示明顯違反了《刑法典》第56條第1款之規定,違反了假釋制度的立法原意。
基於此,請求中級法院:撤銷被上訴之批示並給予上訴人假釋。
檢察院對上訴作出了反駁。1
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了以下法律意見:
2014年3月18日,刑事起訴法庭否決了服刑人人A的假釋請求。
服刑人A不服上述批示而向中級法院提起上訴。
在其上訴理由中,上訴人A認為被上訴的批示違反了《刑法典》第56條之規定。
對於上訴人A提出的上訴理由,我們認為不能成立。
眾所周知,正如被上訴的批示及尊敬的檢察官閣下在上訴理由答覆中一再重複闡述,《刑法典》第56條所規定的形式要件及實質要件必須同時符合才能構成給予假釋的合法性。
綜合分析卷宗資料,上訴人A固然符合了上述形式要件,但在實質要件上,無論是特別預防抑或一般預防方面,我們卻看不見任何可以滿足此等要件的情節。
在特別預防方面,上訴人A從2011年11月18日開始服刑,期間一直沒有參加任何有利其重返社會的職業培訓課程或活動,儘管根據卷宗第12頁監獄報告顯示其曾於去年申請獄中的職業培訓,但已是服刑已一年多之後了,且今年是其可以申請假釋的時間,從上訴人A服刑中對刑罰的回應,我們看不見其在實施犯罪後,甚至是判刑後有立即作出努力或行動,以便為以對社會負責任的方式生活而不再犯罪而作好準備。
在一般預防方面,上訴人A為非本澳居民,其實施的犯罪的嚴重性、罪過程度、對澳門社會的安寧及被害人帶來的負面影響,可預見如果提早將上訴人A釋放將動搖社會其他成員對法制的信心。
因此,我們認為上訴人A的情況並不符合《刑法典》第56條第1款所規定的實質要件,被上訴的批示不給予上訴人A假釋並無違反任何法律規定。
綜上所述,應裁定上訴人A的上訴理由明顯不成立,應予駁回。
本院接受A提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理。各助審法官審閱了案卷,並召開了評議會,經表決,合議庭作出了以下的判決:
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 在初級法院的刑事訴訟卷宗第CR3-12-0120-PCC號案中,上訴人A被控告為共同正犯、既遂方式觸犯一項《刑法典》第152條第2款a項規定及處罰之「加重剝奪他人行動自由罪」,罪名成立,處以三年九個月實際徒刑。另須繳付四個計算單位之司法費及和其他嫌犯共同承擔其他訴訟負擔,以及向法務公庫交納澳門幣500元之捐獻,納入保護暴力犯罪受害人基金。
- 上訴人將於2015年8月16日服完全部徒刑,並且已於2014年5月16日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2014年3月18日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意接受假釋。
- 上訴人A第一次申請假釋。
- 刑事起訴法庭於2014年5月16日的批示,否決了對A的假釋。
二.法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了刑法典第56條的規定。
讓我們分析這些上訴理由。
我們知道,《刑法典》所規定的假釋制度是基於1886年《刑法典》所沿襲的十九世紀中期從歐洲發展起來的刑事法律制度。2它體現了實現刑罰的目的重要內容和組成部分,尤其是在預防犯罪方面的功能起到積極作用。今天的假釋制度亦從單純考慮特別預防發展到具有綜合特別及一般預防的要求的相對完整的制度。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”3
那麼,我們看看。
我們知道,監獄並不單純是限制罪犯自由、懲罰其行為的地方,它同時也是一個改造罪犯“反社會”人格,讓其重新塑造正確的人格,並在客觀上和主觀上準備好重返社會,讓這個罪犯本人曾經不接受的社會接受他/她的場所。假釋並不是囚犯的權利,而是這個社會在一定條件下提前接受其重返的一種“恩惠”。
從其獄中的表現來看,上訴人在服刑期間沒有任何違反紀律的表現,已經支付了所有的訴訟費用,其行為表現被評定為“良”,監獄方對上訴人的假釋均給予正面的評價。從這點上可以認為嫌犯在人格重塑方面為犯罪的特別預防創造了有利條件。
然而,上訴人以旅客的身份來到澳門這個以旅遊為重要產業的城市進行侵犯他人人身自由的犯罪,在一般犯罪預防方面就有著更高、更嚴格的要求,也就是說對此類以旅遊身份來到澳門而進行的犯罪活動的行為在足以使公眾的心理承受能力能夠接受對此類犯罪之前,提前釋放只是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊。
因此,我們認為上訴人還不具備所有的假釋條件,其上訴理由不能成立,而否決假釋的決定應予以維持。
三.決定
綜上所述,本合議庭決定判處A的上訴理由不成立,維持原審法院的決定。
本案訴訟費用由上訴人支付,並應繳納3個計算單位的司法稅。
確定委任辯護人的代理費1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2014年7月3日
蔡武彬
司徒民正
陳廣勝
1 其葡文內容如下:
1. O trajecto e evolução do recluso, durante o cumprimento de pena, em termos de comportamento, personalidade e orientação da sua vida, estão reportados nos autos através dos pareceres do Técnico de Reinserção Social e Director do Estabelecimento Prisional.
2. A fls. 35 e 35 verso, emitiu o Ministério Público o seu parecer, desfavorável à concessão da liberdade condicional ao recorrente.
3. Como questão primeira, será especulativo aferir-se que o recorrente já está corrigido e que, uma vez em liberdade conduzirá a sua vida de um modo socialmente responsável, sem cometer crimes, considerando-se preenchidos os requisitos necessários a uma adequada reintegração social.
4. O recorrente A, cometeu crime de significativa gravidade com repercussões sociais negativa, sendo que, a gravidade do crime cometido e demais circunstancialismo envolvente, constitui requisito para a concessão da liberdade condicional, já que, quer a gravidade do crime, quer o modo do seu cometimento, quer o dolo, configuram as circunstâncias do caso previstas no Art. 56º, nº 1, alínea a), do C. Penal.
5. A lei e os conceitos nela ínsitos, concretamente, no caso “sub judice”, os do Art.º 56º do C. Penal, não são de aplicação abstracta, nem, nunca o poderão ser, em ignorância da realidade social.
Por isso, em termos de jurisprudência, se vem afirmando que a concessão da liberdade condicional deve ser analisada “caso a caso”.
É o próprio mecanismo legal – Artº 56º, nº 1, alínea a) – que releva as circunstâncias do caso, entre outras.
6. E, nesse contexto, foi apreciada e negada a concessão da liberdade condicional ao recorrente, porque o crime que praticou, em co-autoria, é de molde a levar-nos a considerar que a sua libertação antecipada irá por em causa a confiança da comunidade no sistema jurídico e, consequentemente, provocar impacto social negativo.
7. As exigências da prevenção criminal, de crime desta natureza, impõem uma sanção adequada ao desvalor da conduta do recorrente, tendo em consideração o grau de dolo, a culpa e as consequências, quer para o ofendido, quer para a sociedade, constituindo-se como autênticos factores de instabilidade social e projectando uma imagem altamente negativa de Macau que tem a sua economia essencialmente assente na indústria do jogo.
8. Por tudo o que deixamos dito entendemos não ter havido violação de quaisquer preceitos legais ou pressupostos processuais, nem à decisão recorrida podem ser imputados quaisquer insuficiências ou vícios.
9. O Mm. Juiz “a quo” formou juízo de convicção, correcto quanto a nós, e decidiu negar a concessão da liberdade condicional ao recorrente A, impondo-lhe o cumprimento em reclusão de pelo menos mais um ano da pena, tendo o recorrente sido notificado da decisão como prescreve o nº 3, do citado Artº 469º, do CPPM.
Em conclusão:
Pelo exposto, entendemos não terem sido violados quaisquer preceitos do Artº 56º, do C.P.M..
Pelo que, negando-se provimento ao recurso e confirmando-se a decisão recorrida.
2 Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português, as consequências jurídicas do crime, 1993, p. 531;
參見馬克昌主編《刑罰通論》,武漢出版社,2000年,第636-638頁。
3 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-411/2014 P.1