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編號:第759/2014號 (刑事上訴案)
上訴人:A(A)
日期:2014年12月4日

主要法律問題:假釋

摘 要

上訴人是為了牟取不法利益而從事販毒活動。販毒罪屬本澳常見的犯罪類型,情節嚴重,以及有關罪行對社會安寧及法律秩序造成十分嚴重的負面影響,販毒行為在本澳正呈年輕化趨勢,由此產生的社會問題亦十分嚴重。
因此,對上訴人的提前釋放將損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望。

裁判書製作人

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譚曉華

合議庭裁判書


編號:第759/2014號 (刑事上訴案)
上訴人:A(A)
日期:2014年12月4日


一、 案情敘述

初級法院刑事起訴法庭在PLC-073-12-2-A卷宗內審理了上訴人的假釋個案,於2014年10月4日作出裁決,不批准上訴人的假釋。

上訴人不服,向本院提起上訴,並提出了以下的上訴理由(結論部分):
1. 被上訴批示否決給予上訴人的本次假釋申請,認為如果提前釋放上訴人,將損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望,未能使社會大眾接受被判刑者的嚴重犯罪行為所造成的對法律秩序帶來的極大衝擊及對社會安寧帶來的負面影響。
2. 根據本卷宗資料顯示,上訴人為首次入獄,在服刑期間行為的總評為 “良好”,屬“信任”類,曾於2013年4月因違反規定而被處罰。
3. 澳門監獄社會援助、教育暨培訓處製作了假釋報告並建議考慮給予機會重返社會(詳見卷宗第9頁至第14頁)
4. 事實上,卷宗內所載的有關上訴人的服刑資料已足以令其相信,倘上訴人一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪,以及釋放上訴人亦不會影響維護法律秩序及社會安寧。
5. 被上訴的批示認為,上訴人先後兩次觸犯同類性質的罪行(毒品罪行),反映被判刑人的人格與法律相悖的程度較高。因此,未能令法庭合理相信其一旦獲釋將以對社會負責任的方式生活而不再犯罪,由此,倘若提前釋放上訴人將有礙法律秩序的權威及社會的安寧。
6. 但按照這思考方法,豈不是,在被判刑人被定罪時,早已被注定是無機會獲得假釋的?而不論被判刑人於入獄後是如何的積極改過自身及努力重新做人?
7. 明顯地,透過上述各點看出,被上訴之批示否定了被判刑人過往在獄中遵守紀律,積極改過自身,樂意接受刑罰將其改變成為一個對社會負責任的人的事實。
8. 這是我們《刑法典》第56條的立法原意嗎?
9. 《刑法典》第56條的規定,設立假釋制度是用來配合刑罰的目的,鼓勵被判刑人入獄後積極改過自新,當被判刑人符合假釋的形式及實質要件時,達到了保護法益的功能,而給予其提早重返社會、更新人生的一個機會。
10. 被上訴之批示明顯違反了《刑法典》第56條第1款之規定,違反了假釋制度的立法原意。
基於此,請求中級法院
1. 撤銷被上訴之批示並給予上訴人假釋。
   
   檢察院對上訴作出了答覆。1
案件卷宗移送本院後,駐本審級的檢察院代表作出檢閱及提交法律意見,認為上訴人的上訴理由不成立,應作出維持否決假釋申請的決定。

本院接受上訴人提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理,各助審法官檢閱了卷宗,並作出了評議及表決。


二、事實方面

案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
1. 於2010年3月16日,在初級法院刑事法庭第CR2-10-0050-PSM號卷宗內,上訴人A因觸犯一項「不法持有麻醉藥品及精神藥物罪」,被判處二個月徒刑,緩刑十八個月。由於上訴人緩刑期間再次犯罪而被判刑,上訴人徒刑的暫緩執行在2012年7月2日被廢止。
2. 於2012年5月9日,在初級法院刑事法庭第CR1-11-0245-PCC號卷宗內,上訴人因觸犯一項「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」、「吸毒罪」及「不適當持有器具或設備罪」,分別被判處四年六個月徒刑、兩個月徒刑及兩個月徒刑,三罪並罰,合共被判處四年八個月實際徒刑。
3. 結合上述兩案,被判刑人共須服四年十個月徒刑。
4. CR1-11-0245-PCC卷宗的判決在2012年5月21日轉為確定,CR2-10-0050-PSM卷宗的緩刑廢止,批示在2012年7月12日轉為確定。
5. 上訴人在2010年3月16日及2011年7月15日分別觸犯上述兩案的罪行。
6. 上訴人在CR2-10-0050-PSM案中曾被拘留1天,在CR1-11-0245-PCC案中,於2011年7月15日被拘留,並自翌日開始被羈押,刑罰將於2016年5月14日服滿所有刑期。
7. 上訴人已於2014年10月4日服滿刑期的三份之二。
8. 上訴人已繳CR1-11-0245-PCC卷宗內的訴訟費用,但尚未繳付CR2-10-0050-PSM卷宗內的訴訟費用。
9. 上訴人是首次入獄,但並非初犯。
10. 上訴人曾參與公民教育、英文班、音樂班和西樂班之學習活動。
11. 上訴人自2013年10月參與維修工程至今表現良好,且獲提升職訓津貼。
12. 根據上訴人在監獄的紀錄,上訴人在服刑期間行為表現為良,屬信任類;於2013年4月因違反規定而被處罰。
13. 家庭方面,上訴人與家人關係良好,其家人經常來訪探望,給予其支持和關心。
14. 上訴人表示出獄後將返回內地與家人同住,並計劃在家人開設的餐廳內工作。
15. 監獄方面於2014年8月11初級法院刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書。
16. 上訴人同意接受假釋。
17. 刑事起訴法庭於2014年10月4裁決,不批准上訴人的假釋,理由為:
“《刑法典》第56條第1款規定:
“一、當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a)經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b)釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。”
根據上述規定,符合假釋形式要件的前提下,尚須予以考慮的法定因素包括以下兩個方面:
刑罰特別預防的目的是否已達到;
刑罰一般預防的目的是否已達到。
僅當上述兩個實質要件均獲得正面的預期時,法院方須給予被判刑人假釋。(參閱中級法院第173/2013號裁判)
特別預防方面:
被判刑人為首次入獄,但並非初犯。
2011年7月16日被移送監獄服刑至今,餘下刑期為約1年7個月。根據被判刑人在監獄的紀錄,被判刑人屬信任類,監獄對被判刑人在服刑期間行為的總評價為“良”, 於2013年4月因違反規定而被處罰。
被判刑人在獄中曾參與公民教育、英文班、音樂班和西樂班之學習活動;自2013年10月參與維修工程至今表現良好,且獲提升職訓津貼。沒有參加職業訓練。被判刑人倘若獲准提早出獄,打算返回內地與家人同住;工作計劃方面,將家人開設的餐廳內工作。
被判刑人曾於2010年3月實施一項不法持有麻醉藥品及精神藥物罪,而被判刑,緩刑1年6個月,緩刑期間再次犯罪,致使暫緩執行被廢止。被判刑人先後兩次觸犯同類性質的罪行,反映被判刑人的人格與法律相悖的程度較高。因此,本法庭認同檢察官 閣下的意見,以被判刑人的表現,未能令本法庭合理相信其一旦獲釋將以對社會負責任的方式生活而不再犯罪。
3.2 一般預防方面:
刑罰的目的除了是對犯罪者予以矯治外,亦為了防衛社會及確保社會成員對法律制度的信心,因此,就是否應該給予假釋,尚須考慮犯罪的惡性對社會安寧所產生的負面影響是否已經消除,以及提前釋放被判刑人會否影響法律誡命在公眾心目中的執行力及威懾力。
本案中,被判刑人先後兩次觸犯毒品罪行,屬本澳常見的犯罪類型,行為本身惡性極高,對社會安寧及法律秩序均構成嚴重的影響。考慮到本特區日益嚴重及年輕化的毒品犯罪,以及年輕人受毒品禍害而對社會未來所造成的不良影響,對此等犯罪的一般預防要求較高,普遍社會成員不能接受販賣毒品荼毒他人的被判刑人被提前釋放。
4. 決定
綜上所述,法庭同意檢察官 閣下及監獄獄長 閣下的意見,並決定根據《刑事訴訟法典》第468條第4款及《刑法典》第56條第1款之規定,否決被判刑人A的假釋;但不妨礙根據《刑事訴訟法典》第469條第1款之規定再次進行假釋程序。
通知被判刑人並根據《刑事訴訟法典》第468條第4款及第5款之規定遞交有關副本。
告知澳門監獄、社會重返廳及相關卷宗。
作出通知及採取必要措施。”


三、法律方面

上訴人認為已經符合假釋的條件,提出刑事起訴法庭不批准假釋的裁決違反了《刑法典》第56條第1款的規定。

現就上述上訴理由作出分析。
根據《刑法典》第56條規定,當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。實行假釋須經被判刑者同意。
因此,是否批准假釋,首先要符合形式上的條件,即服刑已達三分之二且至少已滿六個月,另外,亦須符合特別預防及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件。
在特別預防方面,法院需綜合罪犯的犯罪情節、以往的生活及人格,再結合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則需考慮維護社會法律秩序的要求,即是,綜合所有的因素可以得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。” [1]

本案中,上訴人是首次入獄,但並非初犯,服刑期間行為表現為良,屬信任類,於2013年4月因違反規定而被處罰。
上訴人於服刑期間,曾參與公民教育、英文班、音樂班和西樂班之學習活動。上訴人自2013年10月參與維修工程至今表現良好,且獲提升職訓津貼。
上訴人已繳CR1-11-0245-PCC卷宗內的訴訟費用,但尚未繳付CR2-10-0050-PSM卷宗內的訴訟費用。
上訴人與家人關係良好,其家人經常來訪探望,給予其支持和關心。上訴人表示出獄後將返回內地與家人同住,並計劃在家人開設的餐廳內工作。因此,一旦出獄亦有家庭的支援及工作保障。

然而,上訴人是為了牟取不法利益而從事販毒活動。販毒罪屬本澳常見的犯罪類型,情節嚴重,以及有關罪行對社會安寧及法律秩序造成十分嚴重的負面影響,販毒行為在本澳正呈年輕化趨勢,由此產生的社會問題亦十分嚴重。
因此,對上訴人的提前釋放將損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望。

考慮上訴人的過往表現,尤其是其犯罪前科,上訴人未能吸取前次判刑的教訓,再次犯罪及被判刑,以及其在獄中的違規紀錄,上訴人在服刑期間的行為未能顯示上訴人的人格在其服刑期間的演變已足夠良好以至可合理期待其提前獲釋後不會再次犯罪。

故此,上訴人仍未具備所有的假釋條件,尤其是《刑法典》第56條第1款a)項及b)項所規定的條件,其上訴理由不能成立,而被上訴裁決應予以維持。

故此,上訴人的上訴理由並不成立。


四、決定

綜上所述,本合議庭決定判處上訴人的上訴理由不成立,因而維持原審法院的裁決。
上訴人須負擔本案訴訟費用,並應繳納3個計算單位的司法稅。
訂定辯護人代理費澳門幣1,000圓。
著令通知。

              2014年12月4日
              
              
               ______________________________
              譚曉華 (裁判書製作人)
              
              
               ______________________________
              蔡武彬 (第一助審法官)
              
              
               ______________________________
              司徒民正 (第二助審法官)
1其葡文內容如下:
1. O trajecto e evolução do recluso, durante o cumprimento da pena, em termos de comportamento, personalidade e orientação da sua vida, mostram-se reportados nos autos através dos pareceres dos, Director do E.P.M. e Técnico de Reinserção social.
2. Do parecer do Director do E.P.M. consta que, o Recorrente, manteve um comportamento irregular, tendo sofrido uma punição disciplinar em 2013, com uma condenação anterior, com perspectivas favoráveis de reinserção social e que o seu modo de vida anterior revela hábitos marginais, concluindo com um parecer desfavorável.
3. Do parecer do técnico de reinserção social, de todos os elementos dele constantes, poderemos aferir que a Recorrente, manifestou arrependimento e que a mesma tem a determinação de corrigir-se para o bem, concluindo com um parecer favorável.
4. A folhas 54 e 54 verso exarou, o Ministério Público, o seu parecer, desfavorável à concessão da liberdade condicional ao recorrente.
5. Após uma análise atenta do articulado pelo Recorrente, temos para dizer que:
Esteve bem o MM. Juiz do Tribunal “a quo” quando decidiu negar a concessão da liberdade condicional porquanto:
Atento o disposto no no.1 do Artº. 56º do C.P.M., cujos princípios a Recorrente considera terem sido violados, o MM. Juiz considerou não se mostrarem verificados alguns dos seus requisitos, decidindo negar-lhe a concessão da liberdade condicional, por o Tribunal não ter a certeza de que uma vez em liberdade este irá conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem voltar a cometer crimes, não se revelando a libertação compatível com a defesa da ordem jurídica e da paz social.
6. O Recorrente não é primário, tendo sido condenado pela prática do crime de tráfico de produtos estupefacientes e com uma condenação anterior, igualmente pela prática de crime relacionado com estupefacientes.
7. O Recorrente cometeu crime de elevada gravidade, sendo de relevar que os crimes relacionados com produtos estupefacientes se vêm assumindo como um dos maiores flagelos que as sociedades contemporâneas enfrentam, senão o maior, geradores e catalisadores de comportamentos desviantes e marginais que atinge já camadas etárias muito jovens.
8. E, nesta perspectiva há que acautelar a ordem jurídica e a paz social.
Uma das finalidades das penas é o da prevenção geral, finalidade que, no caso do Recorrente, não se mostra atingida já que não há uma convicção fundada que a sua libertação antecipada virá a ser comunitariamente suportável e aceitável, por razão do elevado dolo social ínsito a este tipo de criminalidade, para além de que, o recorrente tem hábitos de consumo de drogas.
9. O Recorrente no decurso da execução da prisão teve comportamento prisional não isento de reparos, desenvolveu actividades laborais e escolares, e parece ter interiorizado o sentido da pena, factos que foram já tidos em consideração quando emitimos o nosso parecer.
10. Por tudo o exposto, devidamente ponderadas as circunstâncias do caso, a gravidade do crime cometido, os seus hábitos de consumo de drogas e a sua vida anterior, com outra condenação por prática de crime relacionado com estupefacientes, continuamos a manter a nossa posição de que a libertação condicional do recorrente, se revela incompatível com a defesa da ordem jurídica e da paz social.
11. Entendemos, assim, não ter havido violação de quaisquer preceitos legais ou pressupostos processuais, designadamente, ao disposto no Art. 56°, do C.P.M, nem tão pouco pode ser imputada à decisão recorrida qualquer vício de erro de direito ou dea insuficiência para a decisão da matéria de facto provada.
12. O MM. Juiz “a quo” formou juízo de convicção, correcto quanto a nós, e decidiu negar a concessão da liberdade condicional ao Recorrente, tendo o mesmo sido notificado da decisão, como prescreve o n.3 do Art.469º do C.P.P.M ..
Em conclusão:
não foram violados quaisquer preceitos do Artigo 56º do C.P.M., nem à decisão recorrida podem ser imputados quaisquer vícios;
pelo que, negando-se provimento ao recurso e confirmando-se a decisão recorrida, se fará JUSTIÇA!

[1] In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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759/2014 p.3/12