--- 簡要裁判 (按照經第9/2013號法律修改的<<刑事訴訟法典>>第407條第6款規定) ----------
--- 日期:01/02/2016 --------------------------------------------------------------------------------------------
--- 裁判書製作法官:蔡武彬法官 -----------------------------------------------------------------------------
上訴案第90/2016號
上訴人:A(A)
澳門特別行政區中級法院裁判書製作人
簡要判決
上訴人A在初級法院的刑事訴訟卷宗內,觸犯:
- 2014年10月13日,囚犯於初級法院第四刑事法庭簡易訴訟程序第CR4-14-0213-PSM號卷宗內,因觸犯一項由第6/2004號法律第21條所規定及處罰的『非法再入境罪』而被判處3個月徒刑,緩刑2年執行。
- 2015年4月28日,囚犯於初級法院第三刑事法庭簡易訴訟程序第CR3-15-0083-PSM號卷宗內,因觸犯一項由第6/2004號法律第21條所規定及處罰的『非法再入境罪』而被判處4個月實際徒刑。囚犯不服並提起上訴,中級法院理由不成立。
- 2015年7月20日,囚犯於初級法院第二刑事法庭獨任庭普通訴訟程序第CR2-15-0211-PCS號卷宗內,因觸犯一項由澳門《刑法典》第329條第1款所規定及處罰的『誣告罪』而被判處5個月實際徒刑,該刑罰與第CR4-14-0213-PSM號卷宗之刑罰競合,囚犯合共被判處6個月實際徒刑(見徒刑執行卷宗第48至52頁)。囚犯不服並提起上訴,中級法院於2015年9月24日裁定其上訴理由不成立,駁回有關上訴。
- 經結合上述三案之刑罰,囚犯合共須服10個月實際徒刑。
判決已生效,現正在服刑,並且已於2015年11月15日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-154-15-1-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2015年12月15日作出批示,否決上訴人的假釋申請。
對此,上訴人A表示不服,向本院提起上訴,並且提出了以下的上訴理由:
1. 透過尊敬的刑事起訴法庭法官 閣下於2015年12月15日所作之批示,否決了上訴人之假釋申請。
2. 假釋的形式要件指的是被判刑者服刑達三分之二且至少已服刑六個;實質要件則指在綜合分析了被判刑者的整體情況,並且考慮到犯罪的特別預防及一般預防的需要後,法院在判刑者回歸社會以及假釋對法律秩序及社會安寧的影響兩方面均形成了有利於被判刑者的判斷。
3. 綜觀上訴人在服刑期間的表現及心態,可以得知上訴人的人格及心理素質在被判刑後確實有向良好的方向進行轉變,且具備了重返社會的能力。
4. 上訴人經過了獄中之生活,得到了深刻的教訓。亦表示在日後會努力工作、認真及誠實地生活,照顧兒子及奶奶,將嚴格要求自己遵守法律,不再以身試法而觸犯法律,會以負責任及正確的態度生活,同時亦會珍惜回到社會的機會。
5. 誠然,即使上訴人曾在獄中有違規行為,但亦不能以此抹殺上訴人在獄中其他行為良好的表現,應對上訴人之行為作出綜合的考慮。
6. 此外,關於訴訟費用方面,雖然從徒刑執行卷宗第124、128及129頁顯示上訴人仍未支付三個案件中被判處之訴訟費用,但由於上訴人並非澳門居民,其在服刑期間沒有任何收入,然而,上訴人已承諾在出獄後將儘快工作以支付有關的訴訟費用。所以,讓上訴人假釋,提早獲得釋放無疑是可以使上訴人更快投入工作,及儘快繳清其尚欠法院之訴訟費用。
7. 在社會重返方面,上訴人無論在工作、回饋社會及家庭等方面,亦已作好積極的準備,包括在出獄後將會與母親居住,且得到母親答應協助其經營成衣生意,亦承諾盡自己能力照顧兒子及奶奶,足見其重返社會之決心及能力,並且將能以負責任之方式生活。(參見卷宗內之假釋報告及由上訴人書寫之各信函)。
8. 而且,上訴人現時誕下兒子,透過上訴人之信函可以得知上訴人非常希望可以讓兒子在溫暖及舒適的環境下成長,相信上訴人之兒子必定可以為上訴人帶來改變,促使上訴人積極生活及正面思考。
9. 故此,可以從上訴人的實際行為及悔改之心得知上訴人經過是次教訓,肯定不會再作出不法行為,足以證明在特別預防方面已對上訴人產生了應有及正面之效果。
10. 關於一般預防方面,對一名犯罪者以實際徒刑(剝奪人身自由)作為處罰且立即執行的嚴厲性來說,已對公眾產生了極大影響,使社會大眾均知道觸犯有關罪行所導致之後果嚴重,將來定必不敢實施相關之罪行,對於預防相類似的犯罪已起阻嚇作用。
11. 另外,對於維護法律秩序的權威及社會的安寧這方面,是有需要從被判刑者在服刑期間的人格轉變及重返社會的能力上作考慮。否則即使刑期屆滿後,被判刑者未能悔改、重蹈覆轍,同樣是損害了公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望,亦同樣對法律秩序帶來極大衝擊及對社會安寧帶來負面影響。
12. 並且,雖然上訴人因多次犯罪而被判實際徒刑,且無疑其犯罪行為對社會及對其本身以至其家庭均產生極為負面的影響,但是,我們不可忘記,上訴人之前種種被非價的行為,已恰當地被尊敬的初級法院法官在量刑時充分地作出考慮。
13. 這樣,因為採用上訴人在入獄前的邊緣行為作為批給假釋之決定性因素,尊敬的刑事起訴法庭法官無可避免地代入了初級法院法官的角色,持當時對上訴人作出量刑時所持的標準去考慮有關假釋申請,無疑是對於上訴人作出了“第二次的處罰”(dupla punição),違反了刑法典第56條第1款的規定。
14. 對於假釋亦要判斷上訴人提早釋放會否對社會公眾屬難以接受方面,基於上訴人人格及心理責質的良好改變,加上現時社會對更新人士的接納程度逐漸提高,相信在上訴人有正面轉變下,社會大眾亦樂見上訴人回歸社會並作出貢獻。
15. 因此只要被判刑者的人格及心理素質在被判刑後有進行轉變,給予假釋是不會動搖社會大眾對法律秩序的信心及影響社會安寧,反之更能讓其提早重新接觸社會,更快地適應。
16. 從另一方面,由於上訴人在犯罪特別預防方面所表現的有利因素,因此有必要在犯罪的一般預防及特別預防的兩個方面取得一個平衡點。不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防情節作用,而使人們產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象。並且,這也不符合刑法所追求的刑罰目的。
17. 同時,假釋並非刑罰的終結,只是給予上訴人提早重返社會的機會,以便其更快、更好地適應社會。
18. 綜上所述,基於上訴人符合了刑法典第56條規定假釋之所有形式及實質要件,應給予其假釋之機會,因此請求尊敬的合議庭判處本上訴理由成立,廢止刑事起訴法庭法官 閣下於2015年12月15日作出不給予上訴人假釋之決定,並裁定批准假釋。
檢察院對上訴作出了反駁,其理據如下:
1. 根據《刑法典》第56條的規定,假釋須要符合服刑已達三分之二且至少已滿六個月的形式要件,以及特別預防和一般預防兩個實質要件。
2. 毫無疑問,上訴人已達成給予假釋的形式要件。
3. 在實質要件當中的特別預防方面,從上訴人的犯罪前科可見其守法意志極為薄弱,而在獄期間客觀上亦未見任何突出的正面表現,其作出的諸多解釋和承諾終歸流於片面,完全不能使我們有依據地對他抱持正向期待。
4. 針對一般預防的部分,面對上訴人的前科,結合在獄期間一再違犯紀律等因素,若首次假釋申請便輕易獲得批準的話,勢必引發社會大眾的抵觸情緒,以後亦無法再據此有效地威懾其他擬從事非法入境活動之人士。
5. 基於此,我們同意原審法院的決定,上訴人的情況並不符合《刑法典》第56條第1款所規定的給予假釋之要件,上訴應裁定為不成立。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了以下法律意見(全文載於案卷第91-92頁,此處視為全文轉錄)1:
本院接受上訴人提起的上訴後,裁判書製作人認為上訴理由明顯不能成立,並運用《形式訴訟法典》第407條第6款b)項所規定的權能,對上訴作簡單的裁判。
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A在初級法院的刑事訴訟卷宗內,觸犯:
- 2014年10月13日,囚犯於初級法院第四刑事法庭簡易訴訟程序第CR4-14-0213-PSM號卷宗內,因觸犯一項由第6/2004號法律第21條所規定及處罰的『非法再入境罪』而被判處3個月徒刑,緩刑2年執行。
- 2015年4月28日,囚犯於初級法院第三刑事法庭簡易訴訟程序第CR3-15-0083-PSM號卷宗內,因觸犯一項由第6/2004號法律第21條所規定及處罰的『非法再入境罪』而被判處4個月實際徒刑。囚犯不服並提起上訴,中級法院理由不成立。
- 2015年7月20日,囚犯於初級法院第二刑事法庭獨任庭普通訴訟程序第CR2-15-0211-PCS號卷宗內,因觸犯一項由澳門《刑法典》第329條第1款所規定及處罰的『誣告罪』而被判處5個月實際徒刑,該刑罰與第CR4-14-0213-PSM號卷宗之刑罰競合,囚犯合共被判處6個月實際徒刑(見徒刑執行卷宗第48至52頁)。囚犯不服並提起上訴,中級法院於2015年9月24日裁定其上訴理由不成立,駁回有關上訴。
- 經結合上述三案之刑罰,囚犯合共須服10個月實際徒刑。
- 上訴人將於2016年2月26日服完全部徒刑,並且已於2015年11月15日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2015年12月11日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意接受假釋。
- 刑事起訴法庭於2015年12月15日的批示,否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了刑法典第56條的規定。
讓我們分析這些上訴理由。
我們知道,《刑法典》所規定的假釋制度是基於1886年《刑法典》所沿襲的十九世紀中期從歐洲發展起來的刑事法律制度。2 它體現了實現刑罰的目的重要內容和組成部分,尤其是在預防犯罪方面的功能起到積極作用。今天的假釋制度亦從單純考慮特別預防發展到具有綜合特別及一般預防的要求的相對完整的制度。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”3
那麼,我們看看。
上訴人入獄後,沒有申請學習活動及工作活動,在獄中閒時喜歡閱讀。於 2015年5月27日因違反第40/94/M號法令,第七十四條,第d)項的規定,而被公開申誡,其行為總評價為“一般”。並且在2015年11月27日因涉及一宗打鬥事件而接受調查。監獄獄長沒有給出建議提前釋放的意見。很明顯,單凴上訴人在獄中的這些表現,即使上訴人在主觀上已經對自己的犯罪行為有所認識,但是,我們尚不能在犯罪的特別預防方面完全顯示出對他的提前釋放有利的結論,這就已經決定了法院還不能作出假釋的決定,原審法院的否決上訴人的假釋的理由沒有任何可以質疑的地方。
因此,無需更多的考慮,我們認為上訴人還不具備所有的假釋條件,其上訴理由不能成立,予以駁回。
三、決定
綜上所述,中級法院裁判書製作人裁定上訴人A的上訴理由明顯不能成立,予以駁回。
本案訴訟費用由上訴人支付,並應繳納3個計算單位的司法稅。
上訴人還須支付委任辯護人的費用為1500澳門元。
澳門特別行政區,2016年2月1日
蔡武彬
1 其全文內容如下:
Entendemos que não deve ser reconhecida razão à recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
Por força do art.º 56 nº 1 do C.P.M., a concessão da liberdade condicional depende da co-existência de pressuposto de natureza formal e material.
É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo de seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
Apesar de a recorrente satisfazer em absoluto o pressuposto de natureza formal, tendo já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses, não vemos uma conclusão paralela em relação ao pressuposto material previsto no art.º 56 nº 1 al. b) do C.P.M.. Duvidamos assim de possibilidade da incompatibilidade da ordem jurídica com a concessão da liberdade antecipada.
In casu, face ao comportamento e à vida prisional da recorrente, não lhe foi merecido parecer favorável pelo Director do E.P.M., por ster em conta do seu comportamento prisional irregular e do seu modo de vida anterior que se revela hábitos marginais e de jogos nos casinos. Pois, não podemos deixar de considerar o registo de punição disciplinar que a recorrente foi imputada no dia 22/09/2015. E, recentemente, isto é, no dia 27/11/2015, está envolvida num novo processo de inquérito disciplinar.
Analisados os autos, a recorrente não é primária, tendo duas condenações anteriores, sendo que, cometeu novamente o crime de reentrada ilegal e mais um crime de denúncia caluniosa, sendo não residente de Macau, e perturbou a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M..
Tendo em consideração a realidade social de Macau e a exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelos imigrantes ilegais como a recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada da recorrente viria trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do disposto nº 56 nº 1 do C.P.M..
Pelo exposto, concordando com a digna resposta do M.P. à motivação do recurso (cfr. fls. 83 e 84), não enxergamos qualquer conclusão favorável à recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não se entender que as condições em que a recorrente se encontra ecoem no disposto nº art.º 56 nº 1 alíneas a) e b) do C.P.M..
Concluindo, entendemos que deve ser rejeitado o recurso interposto por improcedente.
2 Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português, as consequências jurídicas do crime, 1993, p. 531;
參見馬克昌主編《刑罰通論》,武漢出版社,2000年,第636-638頁。
3 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-90/2016 P.1