上訴案第41/2017號
上訴人:A
澳門特別行政區中級法院合議庭判決書
上訴人A在初級法院的第CR2-98-0007-PCC、CR2-88-0003-PQR、CR2-06-0050-PCC及PCS-19/98-6º號刑事訴訟卷宗內,因觸犯販毒罪及持有禁用武器罪,被判處19年6個月29日徒刑。
判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2017年9月22日服完全部徒刑,並且已於2010年12月2日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-068-00-1-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2016年12月5日作出批示,第七次否決上訴人的假釋。
對此,囚犯A表示不服,向本院提起上訴,並且提出了上訴理由:
1. 上訴人因觸犯兩項「搶劫罪」,合共判處14年10日徒刑及支付罰金澳門幣6000元,或將罰金轉為11個月20日徒刑,以及與其他共犯以連帶責任方式賠償被害人合共澳門幣105,000元(見卷宗第42頁至第54頁),因不服判決上訴里斯本最高法院後,被改判為17年6個月20日徒刑及支付罰金澳門幣6000元,或將罰金轉為11個月20日徒刑的刑罰。
2. 上訴人對於法官閣下所述於假釋期間觸犯法律之犯罪事實予以承認,對於在近數年獄中的生活,服刑人已深刻體會及意識遵守法律的重要性,以及接受獄中的培訓及學習,使自身的人格獲得大躍進的改善,具有信心遵守法律及不再犯罪。
3. 澳門《刑法典》假釋制度並非恩賜給囚犯,而是反映囚犯在獄中得到教育、脫離舊時的不良思想及被判刑人服刑期間體會的真誠悔悟,從而改變其原有的價值觀,重新溶入社會,做一個良好的居民。
4. 家人對上訴人的鼓勵及支持,正正反映愛能改變除惡從善的思想。
5. 法官閣下在案中對一般預防的懮慮“倘若在現階段提早釋放服刑人,社會大眾仍未恢復對法律的信心及期望,因而會對法律秩序及社會安寧的維護造成嚴重的負面影響,不利一般預防”,上訴人是明白的,但是,被判刑人在獄中懺悔及改造自己,也體現一般預防之效。
6. 上訴人認為法庭沒有全面考慮《刑法典》第40條第1款之規定,使行為人重新納入社會及第56條假釋的規定。
7. 最後,上訴人認為已具備《刑法典》第56條及40條的條件,請求給予假釋的聲請。
檢察院認為上訴人A的上訴理由不成立,並建議維持原審法庭之裁判,不同意給予上訴人假釋。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了以下法律意見(全文載於案卷第1495-1496頁,此處視為全文轉錄)1:
本院接受A提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理。各助審法官審閱了案卷,並召開了評議會,經表決,合議庭作出了以下的判決:
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A在初級法院的第CR2-98-0007-PCC、CR2-88-0003-PQR、CR2-06-0050-PCC及PCS19/98-6º號刑事訴訟卷宗內,因觸犯販毒罪及持有禁用武器罪,被判處19年6個月29日徒刑。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2017年9月22日服完全部徒刑,並且已於2010vvvcvfgffvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv ﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ 年12月2日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2016年10月20日第七次向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意接受假釋。
- 刑事起訴法庭於2016年12月5日的批示,第七次否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看。
從其獄中的表現來看,上訴人於2000年至2014年間因多次違反紀律而受到處罰:
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)及r)項的規定而被科處收押紀律囚室25日,並剝奪放風權利7日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)項的規定而被個別申誡。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第a)、d)、h)、k)、n)及r)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利30日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)、i)及r)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利25日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)及i)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利28日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)項的規定而被科處在普通囚室作隔離7日,並剝奪放風權利3日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)及i)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利30日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)、i)及p)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利30日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第d)及e)項的規定而被科處在普通囚室作隔離並剝奪放風權利3日。
- 違反第40/94/M號法令,第七十四條,第h)、i)及p)項的規定而被科處收押紀律囚室並剝奪放風權利30日。
上訴人閒時,喜歡看書、做運動、下棋及聽收音機等。在獄中,報讀中文科、社會科、普通話、自然及視覺藝術等小學回歸課程,亦曾報讀獄外的函授課程,並取得電子工程、冷凍空調及水產養殖等之結業證書。上訴人入獄後曾參加手工藝工房之職訓、水電工房之職訓及工程維修職訓。上訴人在監獄中屬於“信任類”,行為被評定為“良”。
雖然在2013年前曾經多次違紀、違法甚至犯罪而被判刑,但是從那時開始,上訴人的表現一直良好,並再沒有任何違規紀錄,並且上訴人在獄中的行為被評定為“良”。獄方的社工、總警司以及監獄長都對上訴人的假釋提出肯定的意見。而根據假釋報告提供的資料,可以看到上訴人對所犯罪行為感到後悔,真誠希望重返社會與家人共同生活同時承擔起對家庭的責任,並承諾以對社會負責的方式生活。上訴人認真參加獄方舉辦的多個學習課程以及職業培訓,表現勤奮。我們還是可以看到客觀地顯示他有積極的重返社會的強烈意願,為重返社會做出了積極的準備的事實。這說明,上訴人在服刑期間的表現顯示出他在人格方面的演變已向良好的方向發展。
也就是說,上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論。然而,原審法院仍然在這方面沒有得出有利的結論是不合適的。
另一方面,我們也知道,假釋並不是刑罰的終結。它的最有效的作用就是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個他將再次生活的社會。這種作用,尤其是對於上訴人這類已經受過近二十幾年牢獄之苦的囚犯來說,往往比讓其完全的服完所判刑罰更為有利。
我們不否認其犯下的罪行的罪過程度很高,但是,這些已經受到了應有的懲罰。在考慮假釋的決定時候,我們不能過分強調一般預防的重要性而忽視了特別預防的同等重要性,更不能走到讓人感到嚴重罪行沒有假釋的可能的印象的極端。否則,我們將徹底否定了假釋的立法精神。其實更重要的是,上訴人在獄中的表現良好,人格演變有很大的進步,尤其是經過4年前的最後一次違紀行為之後的良好行為的維持和進步,這反而讓我們相信,假若提早釋放,不會對維護法律秩序和影響社會安寧造成威脅而使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。綜合各種因素,上訴人具備了假釋的條件,應該裁定其上訴理由成立,而撤銷否決假釋的決定,給予假釋。
三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處的上訴理由成立,撤銷否決假釋的決定,並決定給予假釋。
立即出具釋放令,並告知上訴人,其必須保持良好的行為,在假釋期間接受社會重返廳的輔導。
作出必要的通報。
無需決定本案訴訟費用的支付。
確定上訴人的委任辯護人的費用為2000澳門元,由終審法院院長辦公室支付。
澳門特別行政區,2017年2月9日
蔡武彬
司徒民正
陳廣勝
1 其全文內容如下:
Na Motivação do recurso (fls. 1470 a 1477 dos autos), o recorrente solicitou a revogação do douto despacho recorrido e a concessão da liberdade condicional, assacando-lhe o vício de violação do preceito nos arts.56º e 40º do CPM, por entender que ele reunir todos os pressupostos.
Antes de mais, subscrevemos inteiramente as criteriosas explanações do ilustre Colega na douta Resposta (cfl. fls. 1481 a 1482 dos autos).
No dia de hoje, constitui jurisprudência firme que a concessão da liberdade condicional depende do preenchimento cumulativo de todos os pressupostos, quer formais quer substanciais, consignados no art. 56º do CPM, bastando a não verificação de qualquer um para se negar o pedido da liberdade condicional (a título exemplificativo, Acórdão de TSI no Processo nº 195/2003).
Importa recordar que a liberdade condicional não é uma medida de clemência ou de recompensa por mera boa conduta prisional, e serve na política do C.P.M. um objectivo bem definido: o de criar um período de transição entre a prisão e a liberdade, durante o qual o recluso possa equilibradamente recobrar o sentido de orientação social fatalmente enfraquecido por efeito da reclusão. (Acórdão do TSI no Processo nº 50/2002)
Daí decorre que se, não obstante um comportamento prisional adequado, pelo passado do recluso e perspectivas de reintegração se não se formula um juízo de prognose favorável a uma regeneração e se teme pelas razões de prevenção geral. (Acórdão do TSI no Processo nº 225/2010)
Ainda se inculca reiteradamente que cada situação deve ser observada em concreto e caso a caso, num circunstancialismo de modo, tempo e lugar próprios, analisando de forma crítica a personalidade do recluso e de um juízo de prognose fortemente indiciador de que o mesmo se vai reinserir na sociedade e ter uma vida em sintonia com as regras de convivência normal, devendo ainda constituir matéria de ponderação, a defesa da ordem jurídica e da paz social. (Acórdão do TSI no Processo nº 225/2010 e nº 404/2011)
Envolvendo conceitos indeterminados de prognose, as alíneas a) e b) do nº 1 do referido art. 56º dota aos julgadores certa margem de livre apreciação na interpretação e na valorização, pelo que a convicção de não verificação dos pressupostos subjectivos só poderia ser neutralizado se houvesse uma exemplar e excelente evolução activa da personalidade do recluso durante a execução da prisão, e não um mero comportamento passivo cumpridor das regras básicas de conduta prisional. (Acórdão do TSI no Processo nº 9/2002)
No caso sub judice, quanto à prevenção especial, o MMº Juiz a quo aponta prudentemente:雖然獄方認為服刑人近年的表現有所改善,但法庭認同檢察院的理解,服刑人所觸犯的均屬嚴重罪行,且非首次入獄,在獄中多年表現反覆,僅於近年行為稍有改善,再者,服刑人辜負了當年法庭准予其假釋及相信服刑人不會再作出任何犯罪行為的期望,在假釋期內觸犯販毒罪,亦於服刑過中觸犯持有禁用武器罪,可見服刑人自我約束能力差,遵紀守法的意識相當薄弱,曾接受牢獄的教訓,但服刑人並沒有因此而使自身的人格獲得改善,以遵紀守法的態度重返社會不再犯罪,相反,再次犯下嚴重罪行而需繼續服刑。
A nível da prevenção geral, lá lê-se:最後,對於是否給予假釋,除了要考慮特別預防外,還需要考慮對犯罪的一般預防的要求,考慮到服刑人所作出的不法行為涉及暴力犯罪、販毒罪及持有禁用武器罪,此等犯罪對澳門社會治安和法律秩序帶來相當嚴峻的挑戰,對社會安寧造成相當的負面影響,因此,本法庭認為,倘若在現階段提早釋放服刑人,社會大眾仍未恢復對法律的信心及期望,因而會對法律秩序及社會安寧的維護造成嚴重的負面影響,不利一般預防。
Assim, não obstante se militarem, nos autos, umas circunstâncias favoráveis ao recorrente, mas, na esteia das persuasivas jurisprudências supra citadas, aderimos, sem reserva, à cristal preocupação do MMº Juiz a quo, no sentido de aquele ainda não preencher, por ora, os pressupostos consagrados no nº 1 do art. 56º do CPM.
Com efeito, como bem observou o MMº Juíz a quo, o recorrente não demonstra que ele se disponha da estável capacidade de conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crime; e a colocação dele em liberdade nesta altura não é compatível com a paz social.
De qualquer modo, importa ter presente que é generalizadamente consabido que em termos comparativos, as sanções penais da ordem jurídica da RAEM são mais benevolentes. Daí que Macau deve tentar todo o esforço para evitar a desastre de ser destino ou “paraíso” de delinquentes.
Nesta linha de perspectiva, não podemos deixar de entender que não tem cabimento o pedido da recorrente, e não merece censura alguma o douto despacho em escrutínio, por este mostrar-se plenamente conforme com o disposto nos arts. 56º e 40º do CPM.
Por todo o expendido acima, propendemos pela improcedência do presente recurso.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-41/2017 P.8