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。in﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽上訴案第1137/2019號
上訴人:A





澳門特別行政區中級法院合議庭判決書

嫌犯A觸犯:
- 在第CR3-09-0266-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2009年8月10日被判處3個月徒刑,暫緩執行1年;由於緩刑期間再次犯罪而被判刑,致使徒刑的暫緩執行被廢止,其後刑滿釋放。
- 在第CR2-10-0210-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2010年10月28日被判處11個月徒刑,暫緩執行4年;該刑罰已因緩刑期屆滿而宣告消滅。
- 在第CR4-15-0209-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2015年11月25日被判處5個月徒刑(見徒刑執行卷宗第4頁至第7頁背頁),該判決於2015年12月16日轉為確定(見徒刑執行卷宗第3頁)。
- 在第CR3-15-0531-PCS號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2016年1月28日被判處5個月徒刑;與上述CR4-15-0209-PSM號案作刑罰競合,合共判處8個月徒刑(見徒刑執行卷宗第31頁至第34頁),該判決於2016年2月24日轉為確定。
- 在CR1-15-0537-PCS號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」及一項「偽造文件罪」,於2016年4月7日被競合判處9個月徒刑;該判決於2016年4月27日轉為確定(見徒刑執行卷宗第71頁至第78頁)。
- 在CR3-16-0048-PCC號卷宗內,因觸犯一項《刑法典》第211條第1款、第4款a項結合第196條b項所規定及處罰的「詐騙罪」,於2016年6月17日被判處3年6個月實際徒刑;該案與第CR3-15-0531-PCS號卷宗(已競合第CR4-15-0209-PSM號卷宗)以及第CR1-15-0537-PCS號卷宗之犯罪作競合,經四案五罪競合後,合共須服4年3個月實際徒刑,並須支付澳門幣206,000元的賠償(見徒刑執行卷宗第100頁至第106頁背頁)。其後中級法院於2016年9月22日裁定駁回被判刑人的上訴,維持原則(見徒刑執行卷宗第131頁至第138頁),該判決於2016年10月6日轉為確定。

判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2020年2月19日服完全部徒刑,並且已於2018年9月19日服滿了2/3刑期。

刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-277-15-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2019年9月19日作出批示,否決上訴人的假釋申請。

對此,上訴人A表示不服,向本院提起上訴:
1. 原審法院於2019年9月19日透過批示[以下簡稱為“被上訴批示”]指出上訴人的情況僅符合《刑法典》第56條第1款所規定之形式要件,但因不符合該款a及b項所規定之實質要件,故駁回上訴人提出的假釋聲請;
2. 然而,除應有之尊重外,上訴人並不同意有關見解;
I 關於特別預防(《刑法典》第56條第1款a項
3. 根據被上訴批示,原審法院其中1個否決上訴人假釋請求之理據是上訴人至今尚未繳付任何對被害人的賠償及司法訴訟費;
4. 然而,上訴人並不是不想償還上述費用,是其根本沒有能力去償還,這是由於:
a) 上訴人服刑至今已經過3年10個月的時間,期間一直沒有工作/及收入;
b) 上訴人仍有年邁的父母及1名仍在就讀高等教育課程需要供養的兒子,彼等現僅憑中國內地政府所派發之勞保金過活;
5. 事實上,上訴人已透過友人為其於內地工廠為其找到工作,目的就是要償還有關費用;
6. 故此,支付司法訴訟費用與刑罰的特別預防並沒有必然關係,不應作為考慮假釋的因素之一;
7. 另外,就原審法院指出上訴人曾在獄中出現2次違紀行為方面,考慮到距離該 2次違紀已事隔已久,且上訴人後來在獄中的行為亦漸見循規蹈矩,且其中1次的違紀情節事實上已被上次否決假釋的決定所考慮;
8. 後來,上訴人亦積極與獄中活動,並多次申請參加職訓,以便努力為其重返社會的生活作準備,但僅是因被否決而無法參加職訓而已;
9. 此外,原審法院亦提及上訴人的犯罪前科,並指出在第CR3-16-0048-PCC號卷宗內上訴人所犯的罪行時的故意程度相當高;但有關之故意及不法性等情節已在量刑時考被考慮,倘若原審法院再考慮上述情節以否定上訴人被判刑後至今的變化/或進步,甚至否決其假釋之聲請,這似乎與“一事不二審”之原則相悸。
10. 甚至,上訴人對自己所犯下的罪行深感抱歉、亦透過信函作出聲明,其亦努力改過、希望可以履行照顧家庭的責任;
11. 上訴人的母親亦透過信函表示由於其年邁多病,故其希望上訴人可以盡早回家及投入社會,以便履行作為兒子及父親的扶養義務;
12. 基於上述,在社會重返能力方面,上訴人的表現和態度是足以使人相信其自身是有足夠的能力、合適的心態、條件以及會以盡責的方式重投社會,展開新的生活。
II 關於一般預防(《刑法典》第56條第1款b項)
13. 在一般預防方面,原審法院認為須繼續執行刑罰,方能達震攝犯罪及防衛社會之效;
14. 事實上,原案卷中對上訴人所作之刑罰已可警醒社會大眾犯下相關罪行將導致嚴重後果[即監禁];
15. 再者,上訴人已接近服刑完畢[其刑期將於2020年2月19日屆滿],故如現在釋放上訴人是不會對潛在的犯罪者釋出錯誤訊息的。
16. 相反地,對上訴人所作之刑罰已可警醒社會大眾犯下相關罪行將導致嚴重後果[即監禁],且上訴人已接近服刑完畢,故如現在釋放上訴人是不會對潛在的犯罪者釋出錯誤訊息的;
17. 故此,上訴人的犯罪行為已適當地得到譴責。況且,假釋並不是刑罰的終結。它的最有效的作用就是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個他將再次生活的社會。這種作用往往比讓罪犯完全地服完所判刑罰更為有利;
18. 原審法院的理解反倒會使社會大眾產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象,亦不符合刑法所追求的刑罰的目;
19. 此外,尊敬的澳門中級法院所作之第238/2003號裁判書指出:假釋在澳門《刑法典》的政策中服務於一項明確訂定的目標 - 在拘禁與自由之間創造一個過渡期,在這個過渡期內,不法分子可以平衡地恢復因囚禁而被致命地削弱的社會方向感;
20. 誠然,上訴人在服刑期間已找到1份擔任廠長工作,預期出獄後便可從事正當職業;上訴人的轉變及出獄後憑自己的勞動力賺取金錢更可作為社會的模範,也可以更好地使嫌犯重新融入社會,為社會作出貢獻;
21. 那麼,毫無疑問地,上訴人之情況已符合並達致了一般預防之目的;
22. 基於此,在上訴人符合了《刑法典》第56條所規定的假釋之全部要件的情況下,並應獲得原審法院給予其假釋之機會,但原審法院卻否決其假釋聲請,故違反了該條之規定。
  綜上所述,請求尊敬的法官閣下判處本上訴理由成立,撤銷被上訴批示,並批准上訴人之假釋聲請!

檢察院對上訴人的上訴作出答覆:
囚犯的假釋申請不符合《刑法典》第56條假釋規定之實質要件規定。為此,檢察院認為法院否決囚犯A假釋的要求並無不妥,並建議維持原審法庭之裁判。

在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見。1

本院接受人上訴人提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理。各助審法官審閱了案卷,並召開了評議會,經表決,合議庭作出了以下的判決:

一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 嫌犯A觸犯:
- 在第CR3-09-0266-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2009年8月10日被判處3個月徒刑,暫緩執行1年;由於緩刑期間再次犯罪而被判刑,致使徒刑的暫緩執行被廢止,其後刑滿釋放。
- 在第CR2-10-0210-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2010年10月28日被判處11個月徒刑,暫緩執行4年;該刑罰已因緩刑期屆滿而宣告消滅。
- 在第CR4-15-0209-PSM號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2015年11月25日被判處5個月徒刑(見徒刑執行卷宗第4頁至第7頁背頁),該判決於2015年12月16日轉為確定(見徒刑執行卷宗第3頁)。
- 在第CR3-15-0531-PCS號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」,於2016年1月28日被判處5個月徒刑;與上述CR4-15-0209-PSM號案作刑罰競合,合共判處8個月徒刑(見徒刑執行卷宗第31頁至第34頁),該判決於2016年2月24日轉為確定。
- 在CR1-15-0537-PCS號卷宗內,因觸犯一項「非法再入境罪」及一項「偽造文件罪」,於2016年4月7日被競合判處9個月徒刑;該判決於2016年4月27日轉為確定(見徒刑執行卷宗第71頁至第78頁)。
- 在CR3-16-0048-PCC號卷宗內,因觸犯一項《刑法典》第211條第1款、第4款a項結合第196條b項所規定及處罰的「詐騙罪」,於2016年6月17日被判處3年6個月實際徒刑;該案與第CR3-15-0531-PCS號卷宗(已競合第CR4-15-0209-PSM號卷宗)以及第CR1-15-0537-PCS號卷宗之犯罪作競合,經四案五罪競合後,合共須服4年3個月實際徒刑,並須支付澳門幣206,000元的賠償(見徒刑執行卷宗第100頁至第106頁背頁)。其後中級法院於2016年9月22日裁定駁回被判刑人的上訴,維持原則(見徒刑執行卷宗第131頁至第138頁),該判決於2016年10月6日轉為確定。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2020年2月19日服完全部徒刑,並且已於2018年9月19日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2019年8月6日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 上訴人A第二次申請假釋。
- 刑事起訴法庭於2019年9月19日的批示,否決了對A的假釋。

二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看。
上訴人在獄中沒有申請參與學習活動。但曾申請參與水電維修職業培訓,但因其曾犯違規行為而被否決。空間時喜歡做運動及參與講座等活動。上訴人於2016年1月16日違反第40/94/M號法令第七十四條第a),d)及e)項,被處以普通囚室隔離10日及剝奪放風權利2日。亦於2017年4月10日違反第40/94/M號法令第七十四條第a),d)及e)項,被處以普通囚室隔離12日及剝奪放風權利5日。上訴人在獄中雖屬“信任類”且在獄中的行為總評價為“良”,監獄長對上訴人的提前釋放作出了肯定的意見。
就上訴人的假釋報告本身來看,雖然,跟進的社工而且監獄方面都在上一次不建議予以假釋之後,對上訴人的提前釋放發表肯定的意見,這些顯示在人格塑造方面的積極因素多少給其重返社會創造了有利的條件,並且原審法院也肯定了上訴人在獄中自被紀律處分之後的表現轉好這方面的積極因素,但是,我們也同意原審法院所基於上訴人多次犯罪,尤其是在向受害人的賠償方面表現出的被動態度,而仍然對其是否誠實做人不再犯罪抱有懷疑的結論。
正如我們一直認為,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害。這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。
另一方面,儘管我們一直強調,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期,尤其是像上訴人那樣在這最後一次假釋的機會,讓罪犯罪能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會,然而,對於觸犯眾多犯罪罪名的上訴人來說,一方面在獄中服刑的時間,尤其是其因違反監獄規則被處分之後的時間尚短,還沒有足夠的時間來考察一個曾多次犯罪以及曾經觸犯多次監獄規則的囚犯人格的塑造的完整程度,就犯罪的特別預防方面仍然沒有辦法得出積極的結論,另一方面,其在獄中並沒有突出的表現以消除因其犯罪行為所造成的傷害而讓在人們在心理上接受其的提前出獄,我們仍然還不能說上訴人在犯罪的特別預防方面已經為重返社會做好積極的準備。這就決定了上訴人還不具備所有的假釋條件,法院還不能作出假釋的決定,其上訴理由不成立,予以駁回。

三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處的上訴理由不成立,維持原審法院的決定。
本案訴訟費用由上訴人支付,並應繳納4個計算單位的司法稅。
確定上訴人的委任辯護人的費用為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2019年11月21日

蔡武彬
司徒民正
陳廣勝
1 其葡文內容如下:
  Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
  Por força do art.º 56 n.º 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência do pressuposto formal e do pressuposto material.
  É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
  Neste sentido, a aplicação do liberdade condicional nunca é feita pela lei com o carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-lo mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
  Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo, em referência às circunstâncias da sua ressocialização, que “…se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medida deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (Cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português - As consequências Jurídicas do Crime, 2ª. Reimpressão, §850).
  Apesar do comportamento adequado durante o período do cumprimento do peno de prisão deste corrente ano, ou seja, do “bom comportamento prisional”, não podemos deixar de considerar o registo de punição disciplinar que ao recorrente foi imputado duas vezes em 05/2016 e 06/2017. Aliás, o recorrente não cumpriu na íntegra a decisão judicial que lhe condenou, nomeadamente a parte relativo ao pagamento de indemnização de MOP206,000 ao ofendido.
  In casu, foi o recorrente, condenado, no peno de prisão de 4 anos e 3 meses pela prática de crimes, falsificação de documento, reentrado e burlo qualificado, perturbando, a nível diferente, a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., mostrando assim a sua fraca capacidade de se afastar da prática de actos ilícitos.
  Analisados os autos, o recorrente não é primário, ainda se trata de um recluso reincidente no E.P.M., tendo 4 condenações anteriores em pena suspensa e efectiva, sendo que cometeu em total de 5 crimes, sendo não residente de Macau e indocumentado, e perturbou a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., nomeadamente, em relação de crime de burla qualificada, sendo local de facto nos casinos, que constituem a fonte económica mais importante da R.A.E.M ..
  A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre partes dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
  Tendo em consideração a realidade social de Macau e a exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelos imigrantes ilegais como o recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente viria trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social.
  Pelo exposto, concordando com a digna resposta do M.P. à motivação do recurso, não enxergamos uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não se entender que as condições em que o recorrente se encontra ecoem no disposto do art.º 56 nº 1 do C.P.M.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-1137/2019 P.11