--- 簡要裁判 (按照經第9/2013號法律修改的<<刑事訴訟法典>>第407條第6款規定) -
--- 日期:30/07/2020 -------------------------------------------------------------------------------------
--- 裁判書製作法官:蔡武彬法官 ---------------------------------------------------------------------
。in ﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ 上訴案第731/2020號
上訴人:A
澳門特別行政區中級法院裁判書製作人
簡要判決
上訴人A在第CR4-15-0456-PCC號卷宗內,因觸犯一項參加犯罪集團罪及兩項協助罪,合共被判處6年徒刑。
判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2021年6月11日服完全部徒刑,並且已於2019年6月11日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-099-17-1-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2020年6月11日作出批示,否決了上訴人的假釋。
對此,上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 除了應有之尊重外,上訴人對於尊敬的刑事起訴法庭法官閣下否決假釋聲請之批示(以下簡稱為“被上訴批示”)不予認同,並認為該批示違反了《刑法典》第56條之規定,基於此,上訴人提出本上訴。
2. 根據《澳門刑法典》第56條之規定,是否應給予上訴人假釋,乃取決於有關的形式要件和實質要件是否同時成立。
3. 假釋的形式要件是指被判刑者服刑達三分之二且至少已服刑六個月;而實質要件則是指的是在綜合分析了被判刑者的整體情況並考慮到犯罪的特別預防和一般預防的需要後,法院在被判刑者回歸社會和假釋對法律秩序及社會安寧的影響兩方面均形成了有利於被判刑者的判斷。
4. 本案中,從卷宗的資料顯示,上訴人符合《刑法典》第56條所規定之形式要件,因服刑已達三分之二且已滿6個月。
5. 換言之,倘若上訴人的情況也符合假釋的實質要件(犯罪的特別預防和一般預防的需要),則應該給予其假釋。
6. 關於特別預防方面,上訴人乃初犯,上訴人坦言之前是因沉迷賭博致欠債,故進行犯罪,在服刑的過程中,上訴人深感後悔,並決心重新做人。
7. 自上訴人入獄後,由其未婚妻及年達62歲的父親供養兩名未成年子女,上訴人的未婚妻對其不離不棄,並鼓勵上訴人於出獄後可以到其同事介紹的出租車公司工作。
8. 因此,上訴人對出獄後的家庭及工作生活充滿憧憬,並十分希望能夠早日與家人團聚及照顧家人。
9. 雖然上訴人曾於2016年及2018年因使用及藏有電話而兩度違反獄規,而這是導致上訴人之第一次假釋申請不獲批准之主要原因,然而,事後上訴人已感到十分後悔,並覺悟到重蹈覆徹只會辜負了家人對自己寄予的期望且最終受到法律制裁,因此,上訴人自此決定洗心革面,並拒絕任何違法及違規的誘感。
10. 此後,上訴人再沒有任何違規紀錄,而獄方對其服刑行為的總評價亦由“一般”提升至“良”的級別,由此可見,上訴人的人格呈現了正面的演變,尤其體現於其守法的生活態度。
11. 此外,被上訴批示指出,上訴人自入獄至今近五年的時間,除了曾申請參與水電維修的職業培訓但仍處輪候外,不曾申請報讀獄中的任何學習課程、講座或活動,由此認為其有欠積極的服刑表現,然而,上訴人有必要對此作出澄清。
12. 於入獄初期,上訴人因為自卑而不敢報讀小學回歸課程,故選擇了較為擅長的水電維修職業培訓,但上訴人的有關申請一直處於輪候階段。
13. 期後,在親友及獄友的鼓勵下,上訴人申請了小學回歸課程並於2019年9月開始就讀至今,上述課程使上訴人提升了自信心,並使其學會誠實面對過自己的過去及弱點。(參見文件1)
14. 上訴人於獲悉監獄技術員沒有在假釋報告中提及其正就讀小學回歸課程的事宜後,已向該技術員進行了解,雖然現時仍未收到其回覆,但上訴人希望尊敬的法庭能夠考慮上述情節,讓上訴人可以在公平的情況下獲得法庭的決定。
15. 此外,上訴人有曾參與關於戒瘀課的講座,並於空閒時在倉內做運動,藉此堅定自己改過自新的意志,並督促自己戒掉於入獄前染上的賭癮及煙癮,現在,上訴人已成功戒掉賭癮,並基本上戒掉煙癮。
16. 雖然上訴人曾於過往違反獄規,但不應以此而抹殺了上訴人於改正後的一切努力;對比起以前的服刑表現,更能體現出上訴人現時已養成了守法及誠實的人格,且生活態度變得積極,由此,足以預見倘若上訴人重返社會是能夠以負責任的方式生活。
17. 監獄技術員及監獄獄長亦建議給予上訴人假釋機會。
18. 另外,關於假釋前提的一般預防方面,儘管上訴人所觸犯的犯罪不輕,這導致需要考慮的一般預防的要求會較高,然而,在判斷上訴人是否符合假釋前提時不應只盲目着眼於上訴人的犯罪類型,而是要具體綜合個案的各項因素分析-從社會大眾的角度出發,倘若將上訴人提前釋放,是否會對公眾在心理上無法承受,及對社會秩序及安寧造成任何的沖擊。
19. 上訴人已經服了長達五年徒刑,且透過服刑其人格得到的正面的明顯改變,因此足以說服社會公眾有關的徒刑能夠使上訴人改正過來,且有關刑罰已產生威懾犯罪的相當效用,即使提前釋放上訴人亦不會引起相當程度的社會負面影響,且足以恢復被侵害的法律規定對於公眾的公信力及執行力。
20. 綜上所述,上訴人已符合《刑法典》第56條規定假釋之要件,應被給予假釋之機會,而尊敬的刑事起訴法庭法官 閣下否決上訴人的聲請,屬違反了《刑法典》第56條之規定。
請求:
綜上所述,請求中級法院法官 閣下根據法律,更改原判,改判上訴人聲請假釋得直。
檢察院對上訴人的上訴理由作出答覆:
1. 在特別預防方面,根據路環監獄提供的資料及報告,顯示上訴人在服刑期間行為總評價為“良”,上訴人已報讀2019/2020學年的小學回歸教育課程。惟上訴人曾於2016年及2018年違反獄規,連遵守監獄獄規的最基本要求仍未能滿足,顯然上訴人守法意識薄弱,漠視澳門法律。
2. 上訴人加入犯罪組織並負責招攬偷渡客及非法人士、接應及集合偷渡客,從而協助不持有進入及逗留澳門合法證件的人士不經出入境事務站進入澳門境內,由此可見,上訴人之犯罪行為不法性及故意程度甚高。經考慮上訴人於徒刑執行期間在人格方面的演變情況,檢察院認為至今尚未能穩妥地期望上訴人一旦獲釋,將能以對社會負責的方式生活及不再犯罪。
3. 在一般預防方面,上訴人為內地居民,其以參加犯罪集團的形式觸犯協助偷渡罪,而協助偷渡罪為多發性罪行,且近年禁而不止,猖狂程度令人瞠目,並使到澳門罪案不斷產生,情況令人擔憂,對社會安寧及法律秩序造成相當負面的沖擊,僅以上訴人現時的服刑表現不足以抵銷其犯罪行為對社會的影響。因此,本院認為提前釋放上訴人會與社會大眾的期望相違背,損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望。
4. 綜上所述,上訴人的現況仍未符合《刑法典》第56條第1款a項及b項所規定的要件。
5. 綜合分析本案所有的資料,考慮到上訴人以往的生活及人格,其犯索性質、犯罪情節的嚴重性、罪過程度、其服刑過程中的演變以及所犯罪行對社會帶來的負面影響,檢察院認為被上訴法庭作出否決假釋的決定符合澳門《刑法典》第56條的規定,並不存在上訴書中所指瑕疵。故此,請求判處上訴不成立,維持被上訴的決定。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見,認為上訴理由不能成立,應該予以駁回。1
本院接受上訴人提起的上訴後,裁判書製作人在初端批示中認為上訴理由明顯不成立,故運用《刑事訴訟法典》第407條第6款b項規定的權能,對上訴作出簡要的審理和裁判。
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A在第CR4-15-0456-PCC號卷宗內,因觸犯一項參加犯罪集團罪及兩項協助罪,合共被判處6年徒刑。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2021年6月11日服完全部徒刑,並且已於2019年6月11日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2020年5月12日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 上訴人A第二次申請假釋。
- 刑事起訴法庭於2020年6月11日的批示,否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡做運動。雖然沒有參加回歸教育課程,但申請了水電維修職訓,現輪候待安排中。上訴人在獄中曾違反2次第40/94/M號法令第七十四條h),i)及p)項,2次違規均被收押紀律囚室並剝奪放風權利 30日。其在獄中被列為“信任類”,行為總評價為“良”。
就上訴人的假釋報告本身來看,雖然跟進的社工以及監獄長方面繼上一次的假釋程序中所發表的否定意見之後,已經對其的提前釋放發表了肯定的意見,而顯示的上訴人這一年來的獄中行為已經讓各方面感到滿意,甚至在犯罪的特別預防方面顯示積極的因素,但是,一方面,作為非一個澳門居民的上訴人所觸犯的罪名中涉及一項參加犯罪集團罪,其犯罪行為在犯罪的一般預防方面具有更高的要求;另一方面,其獄中表現仍然記錄著2項違規處罰,其良好的行為表現也僅是在最近的一年獲得,這也說明了法院還需要更多的時間考察上訴人的人格取得更積極的因素以消除或抵消上訴人的犯罪行為曾對社會法律秩序帶來的衝擊和影響。因此,上訴人在犯罪的一般預防方面尚未取得可以讓其提前出獄的積極因素滿足《刑法典》第56條第1款b項的條件。
上訴人的上訴理由明顯不能成立,予以駁回。
三、決定
綜上所述,中級法院裁判書製作人決定上訴人A的上訴理由明顯不成立,予以駁回。
本案訴訟費用由上訴人支付,並應繳納3個計算單位的司法稅,包括依照刑事訴訟法典第410條第三款所規定相同計算單位的懲罰性金額。
確定上訴人的委任辯護人的費用為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2020年7月30日
蔡武彬
1 其葡文內容如下:
Entendemos que não deve ser reconhecido razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
Por forço do art.º 56 n.º 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência de pressupostos de natureza formal e material.
É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídico e da paz social.
Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplica-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
Apesar de o recorrente satisfazer em absoluto o pressuposto de natureza formal, tendo já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses, não vemos uma conclusão paralela em relação ao pressuposto material previsto no art.º 56 n.º 1 alínea b) do C.P.M.. Duvidamos assim da possibilidade de incompatibilidade da ordem jurídica com a concessão da liberdade antecipada.
Analisados os autos, o recorrente foi condenado na pena de prisão de 6 anos pela prática com premeditação de 2 crime de auxílio e de 1 crime de associação criminosa, sendo não residente de Macau, perturbando assim a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M..
Embora não haja qualquer registo de punição disciplinar ao longo nos recentes anos, mas ter em conta o seu comportamento prisional irregular anterior em 2016 e 2018, entendemos que não são preenchidos completamente os pressupostos da concessão da liberdade condicional, por não conseguirmos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente, confiando que este, uma vez em liberdade, conduzirá a sua vida de modo socialmente responsável sem cometer crimes.
Além do mais, não podemos deixar de ter em conta a natureza e gravidade dos actos criminais cometidos uma vez que são sempre partes dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
In casu, formulou um parecer o Sr. Director do Estabelecimento Prisional de prognose social favorável ao recorrente. No entanto, a ressocialização do condenado não é o único pressuposto material a ter em consideração para efeitos de aplicação do instituto ora em causa.
Tendo em consideração a realidade social de Macau e a exigência da prevenção geral quanto aos tipos de crime praticado pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente viria trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência dos leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídico e a paz social, nos termos do disposto do art.° 56 n.º 1 do C.P.M ..
Pelo exposto, concordando com a digna resposta do M.P. à motivação do recurso, não enxergamos conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não se entender que as condições em que o recorrente se encontra ecoem no disposto do art.º 56 n.º 1 alínea b) do C.P.M..
Concluindo, entendemos que deve ser rejeitado o recurso interposto por improcedente.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-731/2020 P.8