。in ﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ 上訴案第834/2020號
上訴人:A
澳門特別行政區中級法院合議庭判決書
上訴人A的判刑及服刑情況:
- 於2017年11月3日,在第四刑事法庭合議庭普通刑事案第CR4-16-0490-PCC號卷宗內,因觸犯三項「收留罪」,被判處三年徒刑,暫緩三年六個月執行。
- 於2018年2月1日,在第五刑事法庭合議庭普通刑事案第CR5-17-0322-PCC號卷宗內,因觸犯一項《刑法典》第198條第1款a項配合第196條a項所規定及處罰的「加重盜竊罪」;以及觸犯兩項《刑法典》第197條第1款a項所規定及處罰的「盜竊罪」,各項分別被判處1年6個月、7個月及9個月,數罪競合,合共被判處兩年三個月實際徒刑。此外,判處被判刑人向各被害人支付的賠償金合共港幣103,500元。經與上述第CR4-16-0490-PCC號卷宗內的刑罰作競合,被判刑人合共須服刑4年6個月。
判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年1月24日服完全部徒刑,並且已於2020年7月24日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-054-18-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2020年7月24作出批示,否決了上訴人的假釋。
對此,上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 被上訴法庭作出否決給予假釋的裁判(見卷宗第37至40頁),其否決的主要理由為“雖然現時被判刑人在獄中行為尚算循規蹈矩,但未見有特別突出的表現,因而尚需更多時間的觀察,方能令法庭完全確信倘釋放被判刑人,其能以對社會負責任的方式生活及不再犯罪。目前為止,法庭認為被判刑人的狀況尚未符合《刑法典》第56條第1款a項的規定”;
2. 有關本訴辯書狀第1點所述的前提要件中的第a)、b)、c)及g)已被證實;
3. 針對上述前題第d)及e)項重新適應社會的意願及能力,根據由澳門懲教管理局路環監獄長的意見中提及:在服刑期間行為良好,沒有被處罰的紀錄,自2019年7月參加了獄中女倉製衣職訓,亦有參與活動(…);其是首次入獄,過往的行為顯示與犯罪團伙有關聯,有賭博的習慣,獄中行為良好,有利重返社會的條件包括家人支持及出獄後有工作計劃;(…)考慮到其是一名初犯,有重返社會的條件,因此建議給予其假釋,早日重返社會;
4. 此外,根據由社會援助、教育及培訓處所作之假釋報告中提及:上訴人表示經過近3年的反省,她為人變得腳踏實地,會認真思考後再行動,而她的價值觀有所轉變(…);技術員跟進上訴人數年,她悔改態度良好,願意學習新知,亦能遵守規則,上訴人能從內心悔改,明白自己的過錯,技術員可見她從入獄初期至今的改變,她確做到深切反思己過,思考人生真諦;
5. 上訴人在牢獄生涯中把握獄中的時間積極參與職業培訓,亦在獄中努力學習,其在獄中自學中文,也曾參加獄中舉辦的活動,如葡語班,音樂會,目的是為著將來能更好地適應及融入社會以及有一技之長;
6. 在服刑期間,上訴人亦經常與家人聯繫,尤其是其女兒更是經常致函予上訴人,其出獄後的家庭支援網絡穩定(見卷宗第9頁至第13頁);
7. 事實上,上訴人對獲釋後的生活安排各方面已有計劃,其指出在出獄後將會回到越南與家人一起居住,其亦表示將回到越南後,其將繼續多年的務農工作,亦會憑其在獄中習得之手藝幫補家計(見卷宗第9至13頁);
8. 有關獲釋後被判刑者不影響維護法律秩序及社會安寧,有需要考慮被判刑人在服刑期間的人格轉變及重返社會的能力;
9. 上訴人已對其行為感到非常懊悔,其為其所犯下的罪過深感羞恥和愧疚,給家人帶來的傷害而自責,以及因其之行為而為社會帶來的負面影響深感抱歉,並對其刑責有深刻的反省;
10. 事實上,從懲教管理局路環監獄獄長(見卷宗第7頁)以及由社會援助、教育及培訓處所作之假釋報告(見卷宗第9至13頁)可見,上訴人在改正自身的過程中付出了很大的努力,上訴人在服刑期間是得到正面的改變,已具備重返社會的條件,故此,獄長在其撰寫的結論及建議中亦建議給予上訴人一個假釋機會,使上訴人可早日重返社會建立新生活;
11. 並且,從載於卷宗之懲教管理局路環監獄保安及看守處報告可見,上訴人被歸類為信任類(見卷宗第8頁);
12. 上訴人服刑至今逾3年之久,有關的服刑時間已足夠讓上訴人可以改過自身,明白到自己錯誤的行為,從而以對社會負責任之方式生活而不再犯罪,故有充分的理由相信,其獲釋後並不會影響維護法律秩序及社會安寧;
13. 故上訴人的行為是完全符合澳門《刑法典》第56條所規定的形式及實質前提;
14. 雖然,尊敬的檢察官指出“儘管囚犯現時聲稱已感到後悔,但尤其在其參與職訓一般時間應累積一定的收入的情況下,卻未對如何賠償被害人的財產損失提出想法,不免讓人懷疑其自省終歸流於片面,未認真思考如何彌補過錯(見卷宗第31頁);
15. 然而,關於對被害人所造成的損失之賠償,上訴人認為其是負有賠償的責任,其也願意為其所犯下之錯誤負上責任,只是按其現時職訓的收入,有關收入僅足以供其日常所需,其現時確實是無法支付相關的賠償,但其從未否認過其應負之責任;
16. 根據上述理由,經考慮案件之情節、上訴人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,可以看出上訴人一旦獲釋,將能以對社會負責任之方式生活而不再犯罪,以及不會影響法律秩序及社會安寧;
17. 綜上所述,上訴人的行為是完全符合澳門《刑法典》第56條所規定的形式及實質前提;
18. 另外,雖然尊敬的被上訴法院認為考慮到本澳現時有大量的外地家庭傭工,僱主多因家有小孩,老人或病患者而需聘請家傭協助,因而對家傭信任,家傭可自由出入僱主家中,直接接觸到僱主的財物,可輕易地席捲僱主的財產後離開澳門,從而免受法律制裁。因而,此一犯罪類型一般預防的要求相對較高,因此,認為必須繼續執行刑罰;
19. 然而,事實上,除了一般預防外,仍應結合上訴人是否符合特別預防的要求的實質要件,不能單純考慮上訴人不符合一般預防的要件而認定上訴人不具備假釋的條件;
20. 正如中級法院第665/2014號刑事上訴案合議庭裁判書當中指出“必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用,而使人們產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象,並且,這也不符合刑法所追求的刑罰的目的”;
21. 同時,同一裁判書當中指出“假釋並不是刑罰的終結,它的最有效的作用就是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個他將再次生活的社會。這種作用往往比讓罪犯完全的服完所判刑罰更為有利”;
22.更重要的是,上訴人一直以來在獄中的表現良好,人格演變有很大的進步,再加上訴人將穩定的工作及家人的支持,因此,是有理由相信假若提早釋放上訴人,不會對維護法律秩序和影響社會安寧造成威脅而使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素;
23. 另一方面,上訴人倘若獲得假釋則會返回越南居住及工作且不會再進入澳門特別行政區,換言之,其重新在澳門犯罪的可能性並不高,如此已能達置澳門《刑法典》所追求的一般預防及特別預防之目的;
24. 此外,正如上述,從獄長、社會援助、教育及培訓處所作之假釋報告以及上訴人之陳述可見,在服刑期間,上訴人之人格和思想已有嶄新的改變,其對其之前所犯下的罪行已感到無比的悔悟,其對重返社會和家庭是有著正面的憧憬和期望;
25. 按照澳門《刑法典》第40條以及43條之規定,上訴人謹認為澳門刑罰的其中一個目的是使行為人重返社會,即刑罰之目的及執行均應以讓囚犯重返社會為指導方針;
26. 因此,倘若過長的刑期,並不一定不利上訴人他日重返社會,尤其是考慮到上訴人的年齡和其家庭因素,更不能達到刑罰的目的;
27. 因此,上訴人謹認為被上訴法庭的決定是欠缺法律及事實依據的,故此,否決上訴人之假釋是違反《刑法典》第56條第一款之規定,亦有違澳門《刑法典》之刑罰所追求教育行為人和令行為人重返社會之目的,被上訴法院應結合上訴人的具體情況依據《刑法典》第56條的規定以及刑罰之目的給予上訴人假釋的機會。
綜上所述,按照有關依據及法律規定懇請尊敬的中級法院 各位法官閣下判處上訴人所提起之上訴理由成立,廢止被上訴的刑事起訴法庭否決給予假釋之裁判,並給予上訴人假釋。
檢察院對上訴人的上訴理由作出答覆,認為應判處上訴人的上訴理由不成立,並建議維持原審法庭之裁判。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見。1
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A的判刑及服刑情況:
- 於2017年11月3日,在第四刑事法庭合議庭普通刑事案第CR4-16-0490-PCC號卷宗內,因觸犯三項「收留罪」,被判處三年徒刑,暫緩三年六個月執行。
- 於2018年2月1日,在第五刑事法庭合議庭普通刑事案第CR5-17-0322-PCC號卷宗內,因觸犯一項《刑法典》第198條第1款a項配合第196條a項所規定及處罰的「加重盜竊罪」;以及觸犯兩項《刑法典》第197條第1款a項所規定及處罰的「盜竊罪」,各項分別被判處1年6個月、7個月及9個月,數罪競合,合共被判處兩年三個月實際徒刑。此外,判處被判刑人向各被害人支付的賠償金合共港幣103,500元。經與上述第CR4-16-0490-PCC號卷宗內的刑罰作競合,被判刑人合共須服刑4年6個月。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年1月24日服完全部徒刑,並且已於2020年7月24日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2020年6月18日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2020年7月24日的批示,否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡看書、自學中文,亦會參加葡語班、音樂會等。因語言關係而沒有參加回歸教育課程,但於2019年7月開始接受女倉製衣職訓。上訴人沒有違反獄規,在獄中被列為“信任類”,行為總評價為“良”。獄方的社工及監獄長都對上訴人的假釋提出肯定的意見。這說明,上訴人在服刑期間的表現顯示出他在人格方面的演變已向良好的方向發展,甚至可以認為上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對她的提前釋放有利的結論。
然而,正如我們一直認為,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害。這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。
誠然,我們一直強調,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。另一方面,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用,而使人們產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象。但是,上訴人以外勞身份來澳從事犯罪行為,從其犯罪的“反社會”性來看,尤其是在觸犯三項收留罪之後仍然犯下一項加重盜竊罪及兩項盜竊罪的情節下,一般犯罪預防方面對於一個以依賴旅遊業發展的澳門就有著更高、更嚴格的要求,也就是說對此類非澳門居民來到澳門而進行系列犯罪活動的行為在足以使公眾的心理承受能力能夠接受對此類犯罪之前,提前釋放確實是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊。這就決定了上訴人還不具備所有的假釋條件,法院還不能作出假釋的決定,其上訴理由不能成立,應該予以駁回。
三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由不成立,予以駁回。
上訴人需支付本案訴訟費用,並且支付4個計算單位的司法費。
確定給予法院委任辯護人的報酬為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2020年9月17日
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蔡武彬 (裁判書製作人)
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陳廣勝 (第一助審法官)
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譚曉華 (第二助審法官)
1 其葡文內容如下:
Entendemos que não deve ser reconhecida razão à recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
Por força do art.º 56 nº 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência do pressuposto formal e do pressuposto material.
É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com o carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo, em referência às circunstâncias da sua ressocialização, que “… se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medida deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (Cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português – As consequências Jurídicas do Crime, 2ª Reimpressão, §850).
Devidamente analisados os autos, foi a recorrente, não residente de Macau, condenada na pena de prisão de 4 anos e 6 meses de prisão pela prática de crime de furto qualificado, de furto, e de acolhimento durante a sua permanência em Macua a título de trabalhador não-residente como uma trabalhadora doméstica, perturbando seriamente a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., violando o direito de privacidade e a tranquilidade das pessoas e criando sentimentos de inquietude e de insegurança.
Apesar do comportamento adequado durante o período do cumprimento da pena de prisão, ou seja, do “bom comportamento prisional”, sendo a recorrente não residente de Macau, não cumpriu na íntegra a decisão judicial que lhe condenou, nomeadamente a parte relativa ao pagamento de indemnização.
A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre parte relevante dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
Em referência à natureza e à consequência jurídica do crime de furto qualificado, são evidentes a gravidade do crime, o prejuízo para a ordem da economia e a perturbação da tranquilidade social, tudo consequência do acto ilícito praticado pela recorrente já que a gravidade do crime e o demais circunstancialismo envolvente, deve ser projectado no sentido de apurar se a libertação antecipada da recorrente irá por em causa a confiança da comunidade no sistema jurídico, sendo relevante a exigência de prevenção geral dessa criminalidade que se constitui com risco sério para a economia e a paz social.
In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pela recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada da recorrente virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos e afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do disposto nº 56 nº 1 do C.P.M..
Pelo exposto, concordando com o doutamente exposto na resposta à motivação do recurso, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável à recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que a recorrente se encontra encontrem eco no disposto do artº 56 nº 1 do C.P.M..
Concluindo, entendemos que deve ser dada improcedência ao recurso interposto da recorrente A.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-834/2020 P.11