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。in﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽上訴案第963/2020號
上訴人:A







澳門特別行政區中級法院合議庭判決書

上訴人A於2020年4月22日在第二刑事法庭合議庭普通訴訟程序第CR2-20-0032-PCC號卷宗內,因以直接正犯、其故意及既遂的行為觸犯一項《刑法典》第211條第1款及第3款結合第196條a)項所規定及處罰的「詐騙罪」(具有作出全數賠償的特別減輕情節),被判處1年實際徒刑,另外,判處被判刑人須向被害人支付人民幣十萬元的財產損害賠償,並連同由判決作出之日起計直至完全支付為止的法定利息。

判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2021年1月1日服完全部徒刑,並且已於2020年9月1日服滿了2/3刑期。

刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-096-20-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2020年9月1日作出批示,否決了上訴人的假釋。

對此,上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 被上訴批示否決給予上訴人的本次假釋申請,並認為針對犯罪之一般預防而言,有關犯罪不法性甚高,正正急速增長,需考究倘上訴人提早釋放會否使公眾在心理上無法接受,並對社會秩序產生大衝擊,且會嚴重影響澳門安全旅遊城市形象,倘提前釋放上訴人,極有可能對潛在不法分子釋出錯誤訊息,使之誤以為犯罪代價不高。
2. 根據本卷宗資料顯示,上訴人為首次入獄,按上訴人在監獄的記錄,上訴人為信任類,在服刑期間行為良好,沒有違反獄規而被處分的記錄。
3. 澳門監獄社會援助、教育及培訓處社會援助及心理支援小組之高級技術員B於2020年7月17日為上訴人製作了假釋報告,當中建議考慮給予上訴人假釋。
4. 監獄獄長同意給予上訴人假釋。
5. 檢察院也建議批准上訴人的假釋申請。
6. 上訴人在獄期間,平日會以閱讀書籍及運動作為消閒活動。
7. 上訴人入獄後會定期與家人以書信及電話往來,家人亦曾前往監獄採望上訴人。
8. 上訴人已服超過三分之二刑罰,故其已滿足假釋之形式要件。
9. 通過本案卷中之服刑(約八個月之實際徒刑),上訴人已在監獄裡深刻及省,悔不當初,上訴人在發表意見的信函中承諾獲釋後會重新做人,重投社會並盡已所能照顧家人。
10. 可見,通過對上訴人執行之徒刑,已對公眾彰顯了法律對該等犯罪的威攝力,從而令到所有人都知道實施上述犯罪將導致嚴重之效果,以及不敢輕易實施相關之罪行。
11. 從這一點再去考慮對上訴人的假釋申請時,對其立即釋放是不會使公眾在心理上產生無法接受之感受或對社會秩序產生重大的衝擊,因上訴人已服刑的時間足以達到按現今刑事政策要求的一般預防所要求的效果。
12. 社會大眾均可得悉往今之司法判決及相關判刑內容,故社會大眾亦深諳作出犯罪所必然承受的沉重代價,故提前對上訴人進行釋放此舉並不會向潛在的不法份子釋出任何錯誤訊息。
13. 針對特別預防方面,原審法庭被訴批示指出被判刑人至今服刑約八個月,認為雖然被判刑人在服刑期間表現似乎有正向發展的趨勢,但在服刑期間未有特別出的表現,以及服刑時間尚短,認為尚需再予以觀察,方能確信倘釋放被判刑人,其能抵禦犯罪所帶來的金錢收益。
14. 除了應有的尊重外,上訴人表示不認同被上訴批示所引述之理由。上訴人早於2020年1月1日便被拘留及於翌日被送往監獄羈押及服刑至今,故上訴人實際上已於獄中生活及教化逾八個月之時間,上訴人亦於上述時間內積極適應獄中的生活及無時無刻反思自己的行為所帶來之惡害。
15. 原審法庭不應以此作為判定是否對犯罪人不再犯罪具備信心之唯一標準。
16. 原審法庭指出上訴人於服刑期間未有特別出表現方面,假釋報告已指出上訴人乃因判刑及疫情防控原因而致未能參與獄中培訓及活動,故上訴人並非因自身懶怠原因而不參與上述培訓及活動。
17. 在囚人士於獄中最為需要學習的是紀律及遵紀守法之重要性,而非側重於其有否任何突出之表現或成果。因此,可見上訴人於獄中之表現及總評價已達致相關評級中最高級別,故已很好地反映了上訴人於獄中生活之行為及表現均已達致假釋之要件。
18. 獄中生活已令上訴人清楚看到違反法紀後所需承擔的後果,其亦為自己的過錯行為作反省,具有重返社會的有利條件,而且上訴人在獄中接受了逾八個月徒刑之刑罰,上訴人對自己所犯之過錯深感遺憾及後悔,並已決定從今以後洗心革面地好好過生活。
19. 此外,上訴人作為家中的經濟支柱,入獄使其無法供養父母、妻子及未成年兒子,上訴人想到他的家人便對自己所作出過的行為深感後悔。
20. 在社會重返方面,上訴人自入獄服刑後其家人一直探訪及給予他勸導與支持,其亦已覓得C有限公司銷售經理一職,並具相關聘書以茲證明(見假釋卷宗第18頁),故可預見上訴人於假釋出獄後將會盡快重投社會及成為對社會有貢獻之人士。
21. 再者,上訴人並非本澳居民,其若獲假釋出獄後很大可能被採用禁止進入澳門特別行政區之行政措施,故上訴人獲得假釋後絕不會再犯罪,也不會影響澳門社會之安寧。
22. 事實上,卷宗內所載的有關上訴人的服刑資料已足以令人相信,倘上訴人一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪,以及釋放上訴人亦不會影響法律秩序之維護及社會安寧。
23. 明顯地,透過上述各點看出,被上訴之批示否定了上訴人過往在獄中遵守紀律,積極改過自身,樂意接受刑罰將其改變成為一個對社會負責任的人的事實。
24. 根據《刑法典》第56條的規定,其立法原意及設立假釋制度是用來配合刑罰之執行,從而鼓勵上訴人入獄後積極改過自身,當上訴人符合假釋的形式及實質要件時,達到了保護法益的功能,而給予其提早重返社會、更新人生的一個機會。
25. 綜上所述,被上訴之批示明顯違反了《刑法典》第56條第1款之規定。
  基於上述所有事實及法律理由,懇請各尊敬的法官 閣下裁定本上訴成立,廢止原審法庭於2020年9月1日所作出之否決上訴人假釋申請之批示,並裁定上訴人之假釋申請成立。

檢察院對上訴人的上訴理由作出答覆:
上訴人A在初級法院合議庭普通刑事案編號CR2-20-0032-PCC卷宗中因觸犯一項「詐騙罪(巨額)」(具有作出全數賠償的特別減輕情節)被判處1年實際徒刑,以及須向被害人支付人民幣100,000元損害賠償及自判決起計的法定利息。
2020年9月1日,刑事起訴法庭否決上訴人之假釋申請,上訴人向中級法院提起上訴。
假釋並非自動及必然給予,除符合形式要件外,尚須符合特別預防及一般預防之實質要件。
本案符合假釋的形式要件。
在刑罰的特別預防方面,上訴人初犯,獄中行為總評價為良,已作出賠償。本案中,雖然相關犯罪情節顯示上訴人故意程度高,但考慮到上訴人入獄至今一直維持良好行為,有表現悔悟,且有良好的家庭支援,尚可合理地期望上訴人一旦獲釋將能以對社會負責的方式生活而不再犯罪,符合特別預防要件。
在刑罰的一般預防方面,本案中,上訴人非為澳門居民,其利用與被害人過往成功兌換貨幣的經驗,令被害人對上訴人產生信任而受騙,導致被害人損失人民幣100,000元的金錢。在司法實務中,我們發現近年與賭場換錢黨相關的犯罪行為屢揭不止,且作案人的手法層出不窮,相關犯罪行為實已對澳門治安構成相當負面影響,尤其對作為龍頭產業的旅遊業的負面影響更為顯著,為著防止情況惡化,相關犯罪的一般預防要求應予提高。因此,本院認為被上訴批示內認定本案不符合一般預防的實質要件方面沒有違反法律規定。
綜上所述,檢察院認為上訴人提出的上訴理據不成立,應予駁回。

在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見。1

一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A於2020年4月22日在第二刑事法庭合議庭普通訴訟程序第CR2-20-0032-PCC號卷宗內,因以直接正犯、其故意及既遂的行為觸犯一項《刑法典》第211條第1款及第3款結合第196條a)項所規定及處罰的「詐騙罪」(具有作出全數賠償的特別減輕情節),被判處1年實際徒刑,另外,判處被判刑人須向被害人支付人民幣十萬元的財產損害賠償,並連同由判決作出之日起計直至完全支付為止的法定利息。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2021年1月1日服完全部徒刑,並且已於2020年9月1日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2020年7月24日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2020年9月1日的批示,否決了對A的假釋。

二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡跑步及看書,現沒有參加學習課程及職業培訓,上訴人沒有違反獄規,在獄中被列為“信任類”,行為總評價為“良”。 獄方的社工及監獄長都對上訴人的假釋提出肯定的意見。這說明,上訴人在服刑期間的表現顯示出他在人格方面的演變已向良好的方向發展,甚至可以認為上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論。
然而,正如我們一直認為,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害。這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。
誠然,我們一直強調,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。另一方面,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用以至於人們產生某些罪行難以假釋的錯誤印象。但是,上訴人以遊客身份來澳從事犯罪行為,從其犯罪的“反社會”性來看,尤其是所觸犯的罪名與在賭場進行貨幣兌換有關的犯罪活動,一般犯罪預防方面對於一個以依賴旅遊業發展的澳門就有著更高、更嚴格的要求,尤其是在此類犯罪活動在澳門仍然猖獗的情況下,對此類非澳門居民來到澳門而進行系列犯罪活動的行為在足以使公眾的心理承受能力能夠接受對此類犯罪之前,提前釋放確實是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊。這就決定了上訴人還不具備所有的假釋條件,法院還不能作出假釋的決定,其上訴理由不能成立,應該予以駁回。

三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由不成立,予以駁回。
上訴人需支付本案訴訟費用,並且支付4個計算單位的司法費。
澳門特別行政區,2020年10月15日


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蔡武彬 (裁判書製作人)


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陳廣勝 (第一助審法官)


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譚曉華 (第二助審法官)
1 其葡文內容如下:
  Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
  Por força do art.º 56 nº 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência do pressuposto formal e do pressuposto material.
  É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
  Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com o carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
  Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo, em referência às circunstâncias da sua ressocialização, que “… se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medida deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (Cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português – As consequências Jurídicas do Crime, 2ª Reimpressão, §850).
  Analisados os autos, o recorrente não é residente de Macau, tendo vindo a Macau como turista, cometeu crime de elevada gravidade, perturbando seriamente a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., sendo local de facto nos casinos, que constituem a fonte económica mais importante da R.A.E.M..
  A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre parte relevante dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
  Em referência à natureza e à consequência jurídica de 1 crime de burla agravada, são evidentes a gravidade do crime, o prejuízo para a ordem da economia e a perturbação da tranquilidade social, tudo consequência do acto ilícito praticado pela recorrente.
  Sendo relevante a exigência de prevenção geral dessa criminalidade que se constituem como risco sérios para a economia e paz social.
  In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos e afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do disposto nº 56 nº 1 do C.P.M..
  Pelo exposto, concordando com o doutamente exposto na resposta à motivação do recurso, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto do artº 56 nº 1 do C.P.M..
  Concluindo, entendemos que deve ser dada improcedência ao recurso interposto do A.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-963/2020 P.9