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第1087/2020號非常上訴案
上訴人:A



澳門特別行政區中級法院合議庭判決書
   
一、案情叙述
2019年11月28日,在CR2-19-0331-PCC號合議庭普通刑事案件中,初級法院判處嫌犯A觸犯1項8月10日第17/2009號法律(經第10/2016號法律所修改)第8條第1款所規定及處罰的「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」(共犯),被判處九年實際徒刑。
嫌犯A曾不服上述初級法院批示而向中級法院提起上訴,2020年5月7日,中級法院裁定其上訴理由明顯不成立。
判決已經生效。

上訴人A針對初級法院合議庭於2019年11月28日作出的裁判而提起再審之非常上訴請求,理由如下:
1. 本再審上訴所針對之裁判為於2019年11月28日對上訴人(嫌犯)A作出的裁判,其故意及既遂行為已構成第17/2009號法律(經第10/2016號法律所修改)第8條第1款所規定和處罰的一項「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」(共犯),判處九年實際徒刑。
2. 有關裁判已轉為確定。
3. 上訴人依據其符合《刑事訴訟法典》第431條第1款d)項之規定,提起本再審上訴。
4. 上訴人曾在庭審期間指出其有提供另一涉嫌販毒的涉嫌人之資料,但因有關之案件僅立案而未拘捕有關涉嫌人,而令原審法院未能考慮有關情況。
5. 上訴人在原審法院作出合議庭裁判後,方知悉有關嫌犯已經於偵查卷宗編號13897/2019中落網且被控訴。
6. 由於出現上指情況,上訴人在本案中便應因滿足具有第17/2009號法律(經第10/2016號法律所修改)第18條之規定,而具有特別減輕之要件。
7. 因此,上訴人認為由於嗣後出現新證據,結合原審法院所審查過之所有證據,令人懷疑有關合議庭裁判之公正性。
8. 而上訴人之本再審上訴,亦非僅為改正已科處制裁之具體份量。
9. 因為上訴人認為,有關之新證據可令上訴人符合特別減輕之情況。
10. 倘上訴人符合特別減輕之情況,則法官在選擇具體刑期時,應先按《刑法典》第67條第1款之規定,在刑幅上作出調整。
11. 因此,上訴人之依據符合澳門《刑事訴訟法典》第431條第3款之反面解釋,法院應受理本再審上訴。
聲請調查證據:
  上訴人根據《刑事訴訟法典》第435條之規定,向尊敬的法官閣下請求作出以下調查措施:
1) 為着使證實本聲請13條至第15條之陳述,上訴人所提供之情報對破案有關,請求聽取司警B之聲明。
請求:
  綜合上述,茲向尊敬的中級法院 法院閣下請求許可本案進行再審、據澳門《刑事訴訟法典》第439條第1款規定而將本卷宗移送至曾宣示將行再審之判決之法院重新審判及作出公正裁判!
  
初級法院認為上訴人A所提出的請求並未符合《刑事訴訟法典》第431條第1款之重審前提,故駁回請求,並製作如下報告呈交中級法院,重申其認為應駁回上訴人A之再審上訴的請求:
“本案中,尊敬的終審法院於2020年6月29日以簡要裁判的方式駁回現上訴人的上訴,且於2020年7月13日轉為確定。
上訴人現透過非常上訴的上訴狀指出其曾向警察機關提供有力證據,促使檢察院第13897/2019號偵查案件拘捕了一名X姓人士,因而認為其提供證據的行為符合第17/2009號法律(經第10/2016號法律修改)第18條所規定的特別減輕情況。
對此,上訴人在向中級法院及終審法院的上訴中亦已提出相同理據,但沒有被接納,且正如其再審上訴理由陳述中所述,上訴人於2020年5月已知該X姓男子被捕且被羈押,即有關事實是在上訴的過程中獲悉,法庭認為此等非屬新事實。
且上述法律的第18條是賦予法庭可根據實際情況而決定是否給予特別減輕,並非強制約束法院。
而且,在轉為確定裁判的案件中,倘以是否應適用特別減輕的理由而提出再審上訴,以比較法的角度作參考,經參考葡萄牙最高法院於2007年2月28日所作的合議庭裁判的精闢理解後1,本法庭認為現上訴人所爭議的無疑是希望改正原審法院已裁定刑罰的具體份量,故在對不同理解表示尊重的前提下,上訴人以《刑事訴訟法典》第431條第1款d)項的規定而提出再審上訴,法庭認為根據《刑事訴訟法典》第431條第3款的規定,對於上訴人是否得提出再審上訴存有一定疑問。
至於上訴人所聲請的調查措施,法庭認為有關事實非屬新事實,且考慮到其所提出的理據是希望適用特別減輕的規定,故認為沒有必要聽取其所聲請的證人的聲明。
綜上,且法庭完全同意尊敬的主任檢察官 閣下的理解,法庭認為被判刑人的再審申請不應獲接納。
現根據《刑事訴訟法典》第436條的規定,將本附案連同主案移送中級法院,並請求尊敬的中級法院一如既往作出公正裁決。
作出通知及採取適當措施。”

駐本院助理檢察長提出法律意見書。2

本院接受上訴人提起的上訴後,組成合議庭,對上訴進行審理,各助審法官檢閱了卷宗。

二、事實方面
正如上文所顯示的事實陳述可見:
- 初級法院刑事法庭於2019年11月28日對上訴人(嫌犯)A作出的裁判,其故意及既遂行為已構成第17/2009號法律(經第10/2016號法律所修改)第8條第1款所規定和處罰的一項「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」(共犯),判處九年實際徒刑。
- 上訴人曾在庭審期間指出其有提供另一涉嫌販毒的涉嫌人之資料,但因有關之案件僅立案而未拘捕有關涉嫌人,而令原審法院未能考慮有關情況。
- 上訴人曾經提供身份的X姓嫌犯於偵查卷宗編號13897/2019中落網且被控訴。
- 上訴人於2020年5月知悉該X姓男子被捕且被羈押。
- 上訴人在向中級法院及終審法院的上訴中亦有提出上述事宜並基於主張可以適用第17/2009號法律第18條的特別減輕情節的理據,但沒有被接納。
- 尊敬的終審法院於2020年6月29日以簡要裁判的方式駁回現上訴人的上訴,且於2020年7月13日轉為確定。
- 上訴人以其曾向警察機關提供有力證據,促使檢察院第13897/2019號偵查案件拘捕了一名X姓人士而符合第17/2009號法律(經第10/2016號法律修改)第18條所規定的特別減輕情況的理由向中級法院提起本非常上訴,要求對此可以特別減輕的情節予以考慮並作出相應的法律適用。

三、法律部份
我們知道,再審程序分兩個階段,第一個階段是審查階段,目的在於審查再審程序的提起是否符合法律規定的條件,祗有符合條件的才有可能進入第二個階段,即真正意義上的再審階段。
現在我們處於第一個階段,即審查階段。所要確認的無非是確認上訴人所提起的再審程序是否符合《刑事訴訟法典》第431條所規定的條件。
上訴人在其理由中,指出其曾向警察機關提供有力證據,促使檢察院第13897/2019號偵查案件拘捕了一名X姓人士而符合第17/2009號法律(經第10/2016號法律修改)第18條所規定的特別減輕情況。
我們看看。

《刑事訴訟法典》第431條第1款,尤其是d項所規定的可提起再審之依據係新事實或新證據:
“第四百三十一條 (再審之依據及可受理性)
一、如屬下列情況,可對確定判決進行再審:
……
d)發現新事實或證據,而單憑該等事實或證據本身,或與有關訴訟程序中曾被審查之其他事實或證據相結合後,使人非常懷疑判罪是否公正。
……
三、以第一款d項為依據提出再審時,如僅為改正已科處制裁之具體份量者,則不得進行再審。
……”
上訴人並非在本上訴之中提交了新的證據,而是提出了原審法院在審理案件的時候有關可以得到特別減輕的情節的事實還沒有發生而沒有得到合適的法律適用,那麼,如果原審法院憑有關事實可能作出在量刑方面不同的法律適用。
權且不去看原審法院沒有審理的事實是否可以成為再審程序的要件之一的新的事實或者新的證據的理論,我們單純看看上訴人曾經在向中級法院以及終審法院提起上訴的時候已經對此事實作出了陳述,但是並沒有得到兩級上訴法院的接納(見主卷宗第195背頁第10點上訴理由,以及第261背頁第5點上訴理由),這說明,這個情節,雖然沒有得到原審法院的審理,但是也因其可以被上訴法院根據《刑事訴訟法典》第4條準用的《民事訴訟法典》第556條甚至590條的規定予以審理的情事,既然已經被審理過了,那麼,這已經不構成一個可以上訴的新的問題,更別說構成再審程序的理由中要求出現的“新的事實”。
上訴的提起的前提明顯不成立。

四、決定
綜上所述,中級法院合議庭裁定上訴人A所提出的再審的非常上訴不符合《刑事訴訟法典》第431條第1條d項所規定的前提要件,不批准再審程序。
基於上訴人的上訴理由明顯不成立,依照《刑事訴訟法典》第438條的規定,判處上訴人需要支付等於5個計算單位的懲罰性金額。
本程序的訴訟費用以及4個計算單位的司法費由上訴人支付。
確定上訴人的委任辯護人的報酬為2,500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2020年12月17日


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蔡武彬 (裁判書製作人)


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譚曉華 (第一助審法官)


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賴健雄 (第二助審法官)
1 編號SJ200702280048103的合議庭裁判的摘要:I – A falsidade do meio de prova que é fundamento do recurso de revisão tem de ser reconhecida por sentença judicial transitada em julgado – art. 449º, nº 1, al. a), do CPP.
II. A aplicação da atenuação especial da pena, à sombra do DL 401/82, de 23-09, não pode constituir objecto de recurso de revisão, nos termos do nº 3 do art. 449º do CPP, que não o admite com o fim de corrigir a pena aplicada.
詳見:
http://www.gde.mj.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/ee5cb78feaabf7c2802582df002b8247?OpenDocument
2 其葡文內容如下:
  O condenado A, melhor identificado nos autos, veio interpor recurso extraordinário de revisão da sentença que o condenou na pena de 9 anos de prisão pela prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas previsto e punido pelo artigo 8º, nº 1 da Lei nº 17/2009.
  Alega, em síntese, que já depois de a sua condenação ter transitado em julgado, veio a ser detido um outro indivíduo na sequência da sua identificação pela condenado no decurso da audiência de julgamento e por isso justificar-se-ia a revisão da sentença a fim de ser aplicada a atenuação especial da pena a que se refere o artigo 18º daquele diploma legal.
  Vejamos.
  De acordo com o artigo 431º, nº 1, alínea d) do CPP, a revisão da sentença transitada em julgado é admissível quando《se descobrirem novos factos ou meios de prova que, de per si ou combinados com os que foram apreciados no processo, suscitem graves dúvidas sobre a justiça da condenação》.
  No caso, este pressuposto da revisão da sentença não ocorre.
  Na verdade, factos novos, para os efeitos previstos na referida norma, são aqueles que eram desconhecidos do recorrente na data da decisão revidenda ou só posteriormente vieram ao seu conhecimento. É essa novidade que há-de suportar grave dúvida, não qualquer dúvida, mas uma dúvida tal que quase atinja a certeza, sobre a justiça da decisão (veja-se, assim, o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal de 18.02.2009, processo 109/09, 3ª secção e no mesmo sentido, do mesmo Tribunal, o acórdão de 10.12.2015, processo nº 1863/08.7GLSNT-A.S1).
  Ora, como resulta da própria alegação do Recorrente, o facto que serviria de fundamento a uma eventual atenuação especial da pena nos termos do artigo 18º da Lei nº 17/2009 na redacção introduzida pela Lei nº 10/2016, não é novo uma vez que o mesmo ocorreu durante a audiência de julgamento e, portanto, foi ou podia ter sido considerado na sentença condenatória.
  Além disso, em bom rigor, aquilo que o Recorrente tem em vista é, unicamente, a correcção da medida da pena, ainda que por via de uma alteração da própria moldura abstractamente aplicável. Como tal, também por força do nº 3 do artigo 431º do CPP se encontra vedada a pretendida revisão.
  Pelo exposto, parece ao Ministério Público que o presente recurso deve ser julgado improcedente.
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TSI-1087/2020 P.7