。in ﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ 上訴案第924/2021號
上訴人:A
澳門特別行政區中級法院合議庭判決書
上訴人A於2020年3月27日,於初級法院第一刑事法庭合議庭普通訴訟程序CR1-19-0385-PCC號卷宗內,因以直接共犯身分及在犯罪既遂的情況下觸犯一項《刑法典》第204條第1款配合第2款b項,並結合同法典第198條第1款a項、以及第196條a項所規定及處罰的「搶劫罪」,被判處3年3個月實際徒刑,並須以連帶責任的方式向被害人賠償港幣30,000元,該賠償須附加自判決日起計至完全繳付有關賠償的法定利息。
判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年10月20日服完全部徒刑,並且已於2021年9月20日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-078-20-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2021年9月20日作出批示,否決了上訴人的假釋。
上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 上訴人服刑已達各徒刑總和之三分二。
2. 上訴人同意對其實行假釋。
3. 因而已具備《刑法典》第56條第1款所指假釋的形式要件。
4. 監獄保安及看守處報告,上訴人屬信任類,並對其行為的總評價為“良”。
5. 上訴人日常透過書信形式與家人溝通以便了解彼此近況,亦藉此保持良好的家庭關係。
6. 上訴人的朋友或親戚更協助上訴人出獄後的工作及生活安排。
7. 顯示上訴人與其家人的關係良好。
8. 上訴人表明出獄後與家人同住。
9. 上訴人亦積極參與宗教活動,在2019年10月洗禮,信仰基督教。
10. 上訴人以冀從中改過自新,提高自控能力,致力為未來重新投入社會作好準備。
11. 毫無疑問,上訴人已具備重新適應社會的意願及能力。
12. 上訴人心智比從前更踏實和成熟,以及經接受獄方正確的教導下,上訴人的生活及行為態度更為正面,(這正正是刑罰的目的)。
13. 上訴人清楚明白到違反法律是需要付出沉重的代價。
14. 上訴人一直為過往作出之過錯行為感到非常後悔。
15. 監獄長及獄方社工均對上訴人的假釋聲請提出肯定的意見,並對上訴人近年以來的行為表現有良好及正面的評價。
16. 上訴人沒有任何違規被處罰的紀錄。
17. 上訴人的人格已朝正面及積極的方向發展,同時可推斷出上訴人會以對社會負責的方式生活以及不再犯罪。
18. 故此,可以肯定提前釋放上訴人並不會損害刑罰特別預防的目的。
19. 被上訴法院僅僅從上訴人所涉及犯罪罪名的嚴重性作表面分析,便認定上訴人的假釋將為本澳法律秩序及社會安寧產生負面影響;所以被上訴的批示明顯地是具有瑕疵的。
20. 援引 尊敬的中級法院於編號237/2010之判決中所言,“…我們不能過於要求一般預防的作用忽視了特別預防的作用,而使人們產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象。並且,這也不符合我們的刑法所追求的刑罰的目的。
21. 假釋並不是刑罰的終結。它的最有效的作用就是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個他將再次生活的社會。這種作用往往比讓罪犯完全的服完所判刑罰更為有利。
22. 上訴人在獄中的表現良好,人格演變有很大的進步,這反而讓我們相信,假若提早釋放,不會對維護法律秩序和影響社會安寧造成威脅而使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。”。
23. 上訴人已清楚明白自己過往行為的錯,並積極為改過自新作出努力,而其在獄中的亦有良好表現,獄方及社工都對上訴人的表現給予了肯定的評價,證明其已足夠地受到教育。
24. 因此,被上訴法院實不應僅僅考慮上訴人之前所犯下的罪行,而斷言提早釋放上訴人將影響刑罰的一般預防。
25. 正正因為上訴人努力改過自新的表現,從而更能達到對本澳法律秩序及社會安寧的維護作用,從而達到刑罰一般預防的目的。
26. 綜上所述,上訴人已符合了假釋的形式要件及實質要件(即特別預防及一般預防)。
27. 因此,上訴人的假釋理應依法給予。
28. 倘若對上訴人會否繼續犯罪及其是否真誠悔改還不能達致絕對的信任,有權限法院在給予上訴人假釋的前提下,得按《刑法典》第50及58條規定,命令其遵守義務,以便其於考驗期間遵守。
29. 根據第13/2012號法律第2條第1款(二)項適用《刑事訴訟法典》第498條第2款及第63/99/M號法令核准的《法院訴訟費用制度》第65條的規定,上訴人無須繳納司法稅及預付金,並由於上訴人現正在澳門監獄服刑,其不能負擔本訴訟之費用;因此,應免除上訴人繳付全部訴訟費用及辯護人費用。
綜上所述,請求中級法院法官 閣下:
1) 接納本上訴;
2) 基於上訴人已符合《刑法典》第56條第1款之規定,判處上訴理由成立而廢止原審法官的批示,並裁定批准上訴人之假釋申請;及
3) 批准免除上訴人繳納全部訴訟費用及辯護人費用。
檢察院對上訴人的上訴理由作出答覆:
1. 雖然上訴人整體獄中行為表現為良好,亦打算出獄後再次投身社會工作,但上訴人是次是有預謀地作出搶劫的犯罪。
2. 上訴人伙同他人假裝向被害人出售酒店房間,在酒店房間內推倒被害人,並強行搶奪被害人的財產,行為十分嚴重,上訴人至今仍未向案中的被害人支付賠償。
3. 再者,上訴人曾在內地因經濟類型犯罪而入獄10年10個月,顯示上訴人並沒有在過往的服刑經歷汲取教訓,守法意識薄弱。
4. 上訴人過往的行為令我們未有足夠的信心去認定其人格已得到適當的 矯治,為此,尚未能得出我們相信其不會再犯罪的結論。
5. 在一般預防方面,上訴人並非本澳居民,在逗留本澳期間作出違反本澳法律的行為,顯示出上訴人的行為的不法性程度甚高。
6. 與其他犯罪相比,上訴人所觸犯的「搶劫罪」屬嚴重罪行,且十分普遍,對澳門社會治安、法律秩序、社會安寧及旅遊形象造成相當的負面影響。
7. 面對這類型的犯罪行為人,倘若仍給予其提早獲釋,公眾將會對本澳的法律失去信心,也會懷疑自己是否生活在一個安全的城市及懷疑自己的生命財產是否能得到法律的保護。可見,本案中,提早給予上訴人假釋,定必無法實現一般預防的需要。
8. 綜上所述,經考慮上訴人所實施的犯罪行為、其個人狀況及對社會所造成的影響,我們完全認同刑庭法官 閣下的立場,並認為上訴人的情況未能符合《刑法典》第56條第1款規定的實質要件, 故此,上訴人的上訴理由明顯不成立,應予以駁回。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見1。
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A於2020年3月27日,於初級法院第一刑事法庭合議庭普通訴訟程序CR1-19-0385-PCC號卷宗內,因以直接共犯身分及在犯罪既遂的情況下觸犯一項《刑法典》第204條第1款配合第2款b項,並結合同法典第198條第1款a項、以及第196條a項所規定及處罰的「搶劫罪」,被判處3年3個月實際徒刑,並須以連帶責任的方式向被害人賠償港幣30,000元,該賠償須附加自判決日起計至完全繳付有關賠償的法定利息。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年10月20日服完全部徒刑,並且已於2021年9月20日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2021年8月5日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2021年9月20日的批示,否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡做運動、看書及有申請非政府組織的基督教活動。沒有參與學習課程及職訓活動。上訴人在獄中並沒有作出違規行為,其行為總評價為“良”,被列為“信任類”,獄方的社工及監獄長都對上訴人的假釋申請提出肯定的意見。這說明,上訴人在服刑期間的表現顯示出他在人格方面的演變已向良好的方向發展,甚至可以認為上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論。
然而,正如我們一直認為的,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害。這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。
誠然,我們一直強調,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。另一方面,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用以至於人們產生某些罪行難以假釋的錯誤印象。而在本案中,上訴人非為澳門居民,並以旅客身份在澳門有預謀地進行搶劫行為,從其犯罪的“反社會”性來看,一般犯罪預防方面對於澳門這個以旅遊業為主的城市來說有著更高、更嚴格的要求,對此類行為在足以使公眾的心理承受能力能夠接受對此類犯罪之前,上訴人在短短的兩年多的獄中服刑期間,囚犯沒有更出色的表現以消磨其犯罪行為給這個社會帶來的影響,尤其是這種進行與賭場的邊沿利益有關的暴力犯罪今年在澳門由上升的趨勢的情況下,提前釋放確實是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊,單就犯罪的一般預防的因素,就已經決定了上訴人還不具備所有的假釋條件,法院還不能作出假釋的決定,其上訴理由不能成立,被上訴的決定應該予以維持。
三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由不成立,予以駁回。
上訴人需支付本案訴訟費用,並且支付4個計算單位的司法費。
確定上訴人的委任辯護人的費用為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2021年11月25日
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蔡武彬 (裁判書製作人)
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陳廣勝 (第一助審法官)
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譚曉華 (第二助審法官)
1 其葡文內容如下:
Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
Por força do art.º 56 nº 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência do pressuposto formal e do pressuposto material.
É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com o carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchidos o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo em referência às circunstâncias da sua ressocialização, que “…se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medidas deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português – As consequências Jurídicas do Crime, 2ª Reimpressão, §850).
Analisados os autos, o recorrente foi condenado uma vez na China Continental, pela prática de crime económico, na pena de prisão de 10 anos e 10 meses, e desta vez em Macau, na pena de prisão de 3 anos e 3 meses pela pratica de crime de Roubo, mostrando assim a sua fraca capacidade de se afastar da prática de actos ilícitos.
Apesar do comportamento adequado durante o período do cumprimento da pena de prisão, ou seja, do “bom comportamento prisional”, o recorrente não cumpriu na íntegra a decisão judicial que lhe condenou, quer as custas e demais despesas, quer a parte relativa ao pagamento de indemnização ao ofendido HKD$30,000.
O recorrente não é residente de Macau, tendo vindo a Macau como o exclusivo intuito de concretizar a sua actividade ilícita, em co-autoria, cometeu crime de elevada gravidade, perturbando seriamente a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M., sendo local de facto no casino e hotel que constituem a fonte económica mais importante da R.A.E.M..
A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre parte relevante dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social.
Pelo exposto, concordando com doutamente exposto na resposta à motivação do recurso, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto do art.º 56 nº 1 do C.P.M..
Concluindo, entendemos que deve ser rejeitado o recurso interposto por improcedente.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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