。in ﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽ 上訴案第178/2022號
上訴人:A
澳門特別行政區中級法院合議庭判決書
上訴人A於2018年11月30日,在第一刑事法庭合議庭普通刑事案第CR1-08-0184-PCC號卷宗內,被判刑人因觸犯一項第17/2009號第8條第1款所規定及處罰的「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」,被判處6年徒刑。
判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2024年1月17日服完全部徒刑,並且已於2022年1月17日服滿了2/3刑期。
刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-004-19-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2022年1月17日作出批示,否決了上訴人的假釋。
上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 上訴人因觸犯一項第10/2016號法律修改的第17/2009號法律第8條第1款結合《刑法典》第66條第1款及第2款f)項及第67條第1款a)項及b)項所規定及處罰的「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」,被判處6年實際徒刑。
2. 上訴人將於2024年1月17日服刑期滿,並早已於2022年1月17日服滿申請假釋所取決的三分之二刑期。
3. 上訴人的假釋聲請於2022年1月17日被否決。
4. 根據《刑法典》第56條第1款之規定,上訴人獲得假釋與否取決於有關的形式要件和實質要件是否同時成立。
5. 假釋的形式要件是指被判刑者服刑達三分之二且至少已滿6個月,上訴人已完全符合申請假釋的形式要件。
6. 假釋的實質要件指的是在綜合分析了被判刑者的整體情況並考慮到犯罪的特別預防和一般預防後,法院針對被判刑者回歸社會和假釋對法律秩序及社會安寧的影響兩方面是否有利於被判刑者作出判斷。
7. 上訴人已完全繳付被判刑卷宗的司法費用及訴訟負擔。
8. 在特別預防方面,上訴人是初犯,首次入獄,根據上訴人在監獄的紀錄,上訴人屬於信任類,監獄對其在服刑期間行為的總評價為“良”,但其於2019年6月有一次因私藏手機而被處分之違規紀錄。
9. 雖然上訴人在服刑期間曾有一次違規,然而其在違規後亦逐步改善自控能力,維持穩定的服刑表現且參與職訓,人格及價值觀呈現較好的轉變。
10. 服刑期間,上訴人曾報讀獄中的中學回歸教育課程,但未被取錄;另外,其亦於2020年11月獲批參加樓層清潔,可見其在獄中生活積極、態度正面。
11. 此外,上訴人入獄初期,其父親每週均從香港前來探訪,唯後期不便往來港澳,上訴人才轉為申請打電話以與家人保持溝通維繫感情,可見其與家人關係十分良好,且家人對其抱支持態度,不離不棄。
12. 上訴人對獲釋後的生活安排各方面已作計劃,其將返回香港與家人一起生活,而其家人亦已為其找到一份工程公司的文員工作,同時上訴人亦希望可以繼續學業。
13. 上述行為可客觀地顯示上訴人有積極的重返社會的強烈意願,為重返社會做出了積極準備的事實,加上其家庭背景及家人的支援,亦具備工作保障。
14. 在特別預防方面,上訴人在四年的服刑期間,行為表現有良好轉變,顯示其經已深深明白到自己過往的人生觀及價值觀,對未來亦已有計劃,反映出刑罰對其起到教化的作用,並將能以對社會負責任的方式生活及不再犯罪,符合《刑法典》第56條第1款a)項的要件。
15. 至於一般預防方面,上訴人至今服了三分之二的刑期,已為其所犯的錯誤及 行為受到應有的法律制裁,上訴人所服之刑罰足以對社會大眾起到警惕不觸犯法律的作用、重建人們對法律秩序皮違反的信心。
16. 倘若上訴人獲假釋成功,將立即返回香港與家人同住,且加上上訴人日後會在香港踏實地從事正當職業。因此,相信上訴人重新在本澳犯罪之可能性極低。
17. 即使尊敬的法官 閣下不認同上訴人符合一般預防的前提,但不能忽視上訴人在犯罪的特別預防方面尤其所表現的有利因素。
18. 正如中級法院曾作出的精闢見解1。“由於罪犯在犯罪特別預防方面所表現的有利因素,因此必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點。法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用,而使人們產生“嚴重罪行不能假釋”的錯誤印象。並且,這也不符合刑法所追求的刑罰的目的。我們知道,假釋並不是刑罰的終結。它的最有效的作用就是在犯罪完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個他將再次生活的社會。這種作用往往比讓罪犯完全的服完所判刑罰更為有利”。
19. 但被上訴的批示並未能綜合上訴人在服刑過程中的表現足以達到特別預防的要求,且過份強調對一般預防的考量,從而裁定上訴人不獲假釋的優惠。
20. 因此,上訴的批示違反了《刑法典》第56條第1款之規定。故有《刑事訴訟法典》第400條第1款規定之“理解法律錯誤而出現之瑕疵”。上訴人在服刑期間一直積極地準備重返社會,具有穩定的良好表現,可見其行為及人格已有正面及足夠的改善,且其已經服了三分之二的刑期,更應該批准假釋以體現此制度存在的價值及遵守其立法目的。
21. 故上訴人認為,根據上述事實與相關法律配合之下,應宣告撤銷被上訴的批示,並判處上訴人即時可獲得假釋。
綜上所述,請求基於上述的事實及法律規定下,在此懇請尊敬的法官閣下:
1) 接納本上訴;
2) 因著被上訴的即刑事起訴法庭於2022年1月17日所作出的批示違反了《刑法典》第56條第1款之規定;故存在《刑事訴訟法典》第400條第1款規定之“理解法律錯誤而出現之瑕疵”,因此宣告撤銷被上訴的批示;
3) 確認本申請符合《刑法典》第56條的要件,判處給予上訴人假釋的決定。
檢察院對上訴人A的上訴理由作出答覆:
上訴人A在CR1-18-0184-PCC卷宗中因觸犯一項經第10/2016號法律修改的第17/2009號法律第8條第1款結合《刑法典》第66條第1款及第2款f)項及第67條第1款a)項及b)項規定及處罰的「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」,被判處6年實際徒刑。
2022年1月17日,刑事起訴法庭否決上訴人之假釋申請,理由是認為上訴人未符合《刑法典》第56條第1款b)項的一般預防要件,上訴人向中級法院提起上訴,指出被上訴批示違反《刑法典》第56條第1款的規定。
本院不同意上訴人之理由。
本案中,上訴人實施販毒行為,將含量為16.2克的可卡因從香港帶到澳門以賺取金錢利益,該犯罪具有相當嚴重性,且涉及毒品犯罪問題對澳門社會治安和法律秩序帶來的挑戰一直都是相當嚴峻的,社會具有預防此類犯罪的迫切性,需要作出有效打擊。然而,上訴人僅服刑約4年,且在獄中未見特別積極的行為表現以顯示其對自身行為深切反省,本院認為倘現階段釋放上訴人,難免會動搖社會大眾對澳門法律秩序的信心,提前釋放上訴人將不利於維護法律秩序及社會安寧。
基於此,本院認為被上訴批示否決上訴人假釋申請之決定是正確的,並沒有違反任何法律規定。
綜上所述,檢察院認為上訴人提出的上訴理據不成立,應予駁回。
在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見2。
一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A於2018年11月30日,在第一刑事法庭合議庭普通刑事案第CR1-08-0184-PCC號卷宗內,被判刑人因觸犯一項第17/2009號第8條第1款所規定及處罰的「不法販賣麻醉藥品及精神藥物罪」,被判處6年徒刑。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2024年1月17日服完全部徒刑,並且已於2022年1月17日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2021年11月8日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2022年1月17日的批示,否決了對A的假釋。
二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”3
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡看書及與其他囚人聊天。服刑期間有報讀回歸教育中學課程,但由於疫情關係,其家人無法協助其遞交所需之學歷證明而沒有錄取。於2020年11月開始,獲批准任職樓層清潔。上訴人在獄中曾有違規行為,於2019年5月2日因違反第40/94/M號法令第74條第f)項,而被處罰普通囚室隔離7日及剝奪放風權利3日。上訴人在獄中被列為“信任類”,其行為總評價為“良”,獄方的社工對上訴人的假釋提出了肯定的意見,而獄方的監獄長則不建議給予上訴人假釋,這說明,上訴人在服刑期間的表現並未能顯示出他在人格方面的演變已讓各方面得到滿意的評價,單就此點就不能肯定上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論。
然而,即使不考慮這點,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害。這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素。
誠然,我們一直強調,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。另一方面,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用以至於人們產生某些罪行難以假釋的錯誤印象。而在本案中,上訴人非為澳門居民,並以旅客身份在澳門實施販毒的侵犯人類健康的而嚴重犯罪,從其犯罪的嚴重性以及其行為的“反社會”性來看,一般犯罪預防方面對於澳門這個以旅遊業為主的城市來說有著更高、更嚴格的要求,對此類行為在足以使公眾,尤其是受害人及其家屬的心理承受能力能夠接受對此類犯罪之前,提前釋放確實是對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊,單就犯罪的一般預防的因素,就已經決定了上訴人還不具備所有的假釋條件,法院還不能作出假釋的決定,其上訴理由不能成立,被上訴的決定應該予以維持。
三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由不成立,予以駁回。
上訴人需支付本案訴訟費用,並且支付5個計算單位的司法費。
確定上訴人的委任辯護人的費用為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2022年3月10日
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蔡武彬 (裁判書製作人)
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陳廣勝 (第一助審法官)
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譚曉華 (第二助審法官)
1 中級法院第431/2016號判決。
2 其葡文內容如下:
Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
Por força do art.º 56 nº 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da coexistência de pressupostos de natureza formal e material.
É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com o carácter automática, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
Apesar de o recorrente satisfazer em absoluto o pressuposto de natureza formal, tendo já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses, não vemos uma conclusão paralela em relação ao pressuposto material previsto no art.º 56 nº 1 al. b) do C.P.M.. Duvidamos assim de possibilidade da incompatibilidade da ordem jurídica com a concessão da liberdade antecipada.
In casu, face ao comportamento e à vida prisional do recorrente, não lhe foi merecido parecer favorável pelo Director do E.P.M., por ter em conta o registo de punição disciplinar sofrida em 04/06/2019, durante o período de cumprimento da pena.
Por outro lado, analisados os autos, o recorrente cometeu crime de elevada gravidade, perturbando seriamente a ordem jurídica e a paz social desta R.A.E.M..
A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre partes dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
Em referência à natureza e à consequência jurídica do crime de tráfico de estupefacientes, são evidentes a gravidade do crime, o prejuízo para a saúde pública e a perturbação da tranquilidade social, tudo consequência do acto ilícito praticado pelo recorrente.
Como é do conhecimento geral a criminalidade relacionada com o tráfico e consumo de produtos estupefacientes e de substâncias psicotrópicas tem criado muitos e sérios problemas sociais, relevando exigências de prevenção geral relativamente a este tipo de actividade ilícita, que se constituem como riscos sérios para a saúde pública e a paz social.
In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do art.º 56 nº 1 do C.P.M..
Pelo exposto, concordando como doutamente exposto na resposta à motivação do recurso, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto nº artº 56 n.º 1 do C.P.M..
Concluindo, entendemos que deve ser rejeitado o recurso interposto por manifestamente improcedente.
3 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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