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。in﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽上訴案第231/2022號
上訴人:A





澳門特別行政區中級法院合議庭判決書

上訴人A因觸犯一項「相當巨額信任之濫用罪」,被判處2年徒刑,緩刑3年執行。

判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年10月4日服完全部徒刑,並且已於2022年2月4日服滿了2/3刑期。

刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-232-20-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2022年2月4日作出批示,否決了上訴人的假釋。

上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴:
1. 原審法院尊敬的法官 閣下於批示中認為不符合假釋要件,因而否決了上訴人之假釋申請,上訴人不服,故提起本上訴。
2. 上訴人毫無疑問符合了刑法典第56條所規定之形式要件,因其已服超過三分二之刑罰。
3. 在充分尊重下,上訴人未能同意原審法院在特別預防方面的見解。
4. 卷宗內載有上訴人來函表達了他的最新意願,其表示承認錯誤,將在出獄後尋找合適工作以償還債務。另外,在訴訟費用方面,按卷宗第31頁,上訴人所欠的是其中一次聲明聽證的訴訟費,而非全數訴訟費,而本案內也未能顯示他欠繳其中一次聲明聽證的訴訟費屬故意抑或單純過失。
5. 由此,未能顯示在特別預防方面有強烈要求,也未能得出原審法院所指的上訴人無悔意的判斷。
6. 還要指出的是,刑罰的特別預防目的為避免行為人在將來再次犯罪,《刑法典》第40條第1款後半部分所示,本澳的法律體系採納了積極特別預防學說,針對行為人而言,刑罰旨在使行為人重新納入社會。
7. 卷宗第7頁所載的獄長意見指上訴人為良好、沒有被處罰的紀錄,有參與獄中活動,家人有到獄中探訪,有對自己的違法行為作反省,重返社會方面具有家人的支付;按卷宗第8頁上訴人屬信任類;上訴人的家人也寫信寄到卷宗內,指上訴人最近與家人感情融洽,而家人亦支持和等候上訴人出獄後融入家庭生活。這些資料均顯示上訴人確有可能在被判刑後以負責任及積極正面的心態來重新開展生活。
8. 綜上所說,上訴人認為已符合《刑法典》第56條第1款a項的要件。
9. 在一般預防方面,確實如尊敬的原審法院所言,上訴人所干犯的罪行需作中度的一般預防考慮。惟在考慮相關案件和上訴人已服刑的時間後,上訴人未能認同原審法院所主張“因未彌補相關損害,而顯示釋放被判刑者影響維護法律秩序及社會安寧”的觀點。
10. 對於一般預防而言,更加重要的是考慮具體個案的嚴重情況,並判斷已執行的實際刑罰是否已適度地回應了公眾對法律的信任。
11. 上訴人被判處的1項「相當巨額信任之濫用罪」,抽象刑幅為一年至八年徒刑。上訴人原來被判2年徒刑,緩刑3年執行,已是一項適度回應公眾對法律的信任的裁判。
12. 惟後來緩刑被廢止,而使其實際服刑至今已接近一年四個月,考慮到適度和適當性下,實際服刑的時間已是頗為嚴厲的懲罰。
13. 經衡量涉案金額和不法性的嚴重程度,上訴人認為,在一般預防而言,已執行的一年四個月實際監禁相對於本案情況而言實在不是一段短的時間,對公眾已帶來了警醒,所有人都知道實施上述犯罪將適度地導致失去自由的後果,不敢犯下相關之罪行,上訴人在監獄中渡過了的時間對社會公眾來說,已是適度地令公眾信服的處理方法,這對一般預防而言,已達致應有效用,並回復了公眾對法律的信任,因此已符合了一般預防之目的。
14. 綜合分析了上訴人的整體情況,上訴人符合了刑法典第56條規定假釋之要件,應給予其假釋之機會,故原審法院之批示違反了刑法典第56條之規定。

檢察院對上訴人A的上訴理由作出答覆:
囚犯A針對刑庭法官閣下於2022年2月4日作出否決其假釋申請的決定不服,提出上訴,為此提交上訴之理由闡述,認為囚犯已服刑滿三分之二,已符合《刑法典》第56條規定的形式要件;又表示不同意原審法院在特別預防方面的見解,認為卷宗未顯示在特別預防方面強烈要求,也未得出原審法院所指的上訴人無悔意的判斷。上訴人依據獄方意見和其與家人的良好關係,認為已顯示上訴人確有可能在被判刑後以負責任及積極正面的心態來重新開展生活。最後,上訴人不同意原審法院主張“因未彌補相關損害,而顯示釋放被判刑者影響維護法律秩序及社會安寧”的觀點,上訴人認為已執行一年四個月實際監禁不是一段短時間,已足以對公眾帶來警醒,達到一般預防之目的。
根據《刑法典》第56條之規定,是否給囚犯以假釋,除客觀之服刑年期達三分二和滿六個月外,還必須考慮案件的情節、行為人以往之生活及其人格、於徒刑執行期間人格的演變情況,以確定囚犯獲釋後將不再犯罪;以及考慮提早釋放囚犯將不會影響維護法律秩序及社會安寧。
對於前者,即上訴人客觀之假釋服刑期要求,法官並無異議,但對於後者,即是否有理由相信囚犯一旦獲釋能踏實在社會生活,不再犯罪,以及假釋會否與公共秩序及社會安寧不符方面之要件,法官認為上訴人並不具備。
本上訴案爭議點主要在於假釋的實質要件,以及假釋是否會與公共秩序及社會安寧不符。
細閱被訴批示,可見上訴人提及的有利情況,尤其是其在監獄中行為良好、獄方的意見,以及上訴人與家人的良好關係等,均已提及並已被考慮。
上訴人在工作中取去他人之港幣三十萬元用作個人賭博及償還債務,雖然庭審時承認犯罪,但尚欠被害人的港幣十八萬元一直未作出絲毫賠償,最後導致法院宣告廢止緩刑,執行上訴人被判處的徒刑。在侵犯財產的犯罪中,上訴人被判刑後一直不作賠償,輕言悔意是無法令人相信的。一個未能用實際行動表現悔意的囚犯,亦難以令人相信其切實認識錯誤和努力糾正,能在出獄後能踏實生活不再犯罪;再者,根據假釋報告內容,本院對於上訴人出獄後會否尋找工作甚有疑問,不得不懷疑上訴人聲稱打算出獄後還款的意願。檢察院完全認同原審法院之考慮,認為上訴人並未滿足特別預防的實質要件。
除了考慮特別預防需要之外,上訴人明知故犯,為自己個人利益無視他人財產權,對被害人造成相當巨額的財產損失,罪行嚴重,對澳門法律秩序和安寧帶來衝擊。在一般預防需要方向,本院亦認同法官閣下考慮對法律秩序及社會安寧的影響,認定上訴人不符合《刑法典》第56條第1款b)項規定之要求。
綜上所述,檢察院同意並支持法官之決定,認為在現階段並沒有充分理由相信上訴人一旦獲釋能踏實在社會生活,不再犯罪,亦認為給予上訴人假釋將不利於維護法律秩序及社會安寧。
被訴批示並沒有違反《刑法典》第56條之規定。
由於被訴批示具充分之事實及法律依據,上訴人提出上訴之理據明顯不足,應予駁回。

在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見。1

一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A因觸犯一項「相當巨額信任之濫用罪」,被判處2年徒刑,緩刑3年執行。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2022年10月4日服完全部徒刑,並且已於2022年2月4日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2021年11月29日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2022年2月4日的批示,否決了對A的假釋。

二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定違反了《刑法典》第56條的規定。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡睇書和做運動,另外,曾參加獄中舉辦的新入獄講座和假釋講座等活動。在獄期間沒有參與學習課程和職業培訓。上訴人在獄中並沒有違規行為,被列為“信任類”,其行為總評價為“良”,獄方的社工及監獄長都對上訴人的假釋申請提出肯定的意見。這說明,上訴人在服刑期間的表現顯示出他在人格方面的演變已向良好的方向發展,甚至可以認為上訴人在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論。
誠然,如我們一直認為的,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害,這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素,但是我們同樣一直強調,在考慮衡量是否給予假釋的因素的時候,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。另一方面,法院不能過於要求一般預防的作用而忽視了特別預防的作用以至於人們產生某些罪行難以假釋的錯誤印象。而在本案中,上訴人為澳門居民,雖然實施了濫用信用的行為,但是,其行為也僅涉及侵犯財產的行為,在獄中表現良好,得到各方面的肯定,就這一點,對於像上訴人那樣即將刑滿重返社會之前,讓其有一個合適的時間,在社工的輔導下慢慢適應社會,具有重大的意義。即使從其犯罪的嚴重性以及其“反社會”性而顯示的一般犯罪預防方面有更高、更嚴格的要求,上訴人在澳門監獄服刑期間的良好表現,也足以讓人們相信,提前釋放並不會對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊,就已經決定了上訴人已經具備所有的假釋條件,法院應該作出假釋的決定。
因此,上訴人的上訴理由成立,廢止被上訴決定,並給予假釋。
上訴人必須在假釋期間保持良好行為,在假釋期間不得進入澳門賭場,並積極接受社會重返廳的公務員的輔導。

三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由成立,廢止被上訴決定,並給予假釋。
上訴人必須在假釋期間保持良好行為,在假釋期間不得進入澳門賭場,並積極接受社會重返廳的社工的輔導。
無需決定本案訴訟費用的支付。
作出必要的通告。
確定上訴人的委任辯護人的費用為2000澳門元,由終審法院院長辦公室支付。
澳門特別行政區,2022年3月31日


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蔡武彬 (裁判書製作人)


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譚曉華 (第二助審法官)


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陳廣勝 (第一助審法官)
(但本人認為,應以檢察院所持的看法,維持原判。)
1 其葡文內容如下:
  Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A por não estarem preenchidos os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
  Por força do art.º 56 n.º 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da co-existência de pressupostos de natureza formal e material.
  É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente no sociedade e da defesa do ordem jurídico e da paz social.
  Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feito pelo lei com carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplicá-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
  Em relação à reintegração social do condenado, nunca podemos deixar de ponderar, mesmo que resulte um juízo de prognose favorável ao mesmo, em referência às circunstâncias da sua ressocialização, que “… se ainda aqui deve exigir-se uma certa medida de probabilidade de, no caso da libertação imediata do condenado, estes conduzir a sua vida em liberdade de modo socialmente responsável. Sem cometer crimes, essa medida deve ser a suficiente para emprestar fundamento razoável à expectativa de que o risco da libertação já possa ser comunitariamente suportado.” (Cf. Jorge de Figueiredo Dias, Direito Penal Português – As consequências Jurídicas do Crime, 2ª. Reimpressão, §850).
  Apesar do comportamento adequado durante o período do cumprimento da pena de prisão, ou seja, do “bom comportamento prisional”, o recorrente não cumpriu na íntegra a decisão judicial que lhe condenou, nomeadamente a parte relativa ao pagamento de indemnização MOP180,000 ao ofendido.
  Por outro lado, o recorrente cometeu crime de abuso de confiança de valor consideravelmente elevado, perturbando seriamente a ordem jurídica, a paz social e a fonte económica mais importante da R.A.E.M..
  A natureza e gravidade dos actos criminais cometidos são sempre partes dos elementos de consideração de que o Tribunal a quo tem de curar, quer na fase de julgamento, quer na decisão da aplicação da liberdade condicional.
  Sendo relevante a exigência de prevenção geral dessa criminalidade que se constituem como riscos sérios para a economia e a paz social.
  Tendo em consideração a realidade social de Macau e a exigência da prevenção geral quanto ao tipo de crime praticado pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente viria trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria, muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social.
  Pelo exposto, concordando como doutamente exposto na resposta à motivação do recurso, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto do art.º 56 n.º 1 do C.P.M..
  Concluindo, entendemos que deve ser dada improcedência ao recurso interposto do A.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-231/2022 P.9