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卷宗編號:531/2022
(民事上訴卷宗)

日期:2022年11月10日

主題:
- 誘發對立參加 -《民事訴訟法典》第288條
- 適用前提
   
摘 要
《民事訴訟法典》第288條規定的誘發對立參加之附隨事項的適用前提是被告接受原告的主張,願意滿足有關請求,但對給付對象存有懷疑,因此聲請召喚真正權利人參加訴訟,以免因不當給付而須作第二次給付。
因此,按照《民事訴訟法典》第290條第1款的規定,若法官批准召喚第三人以對立參加人身分參加訴訟,而後者又選擇不提出其主張,法官就須立即作出判決,按原告之請求對被告作出判處。
如被告在答辯狀中沒有表示願意接受有關主張,相反針對原告主張的事實事宜提出爭執,那麼誘發對立參加之附隨事項便不適用,因為被告根本沒有願意向真正權利人滿足有關請求。

裁判書製作法官


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唐曉峰

中國澳門特別行政區
中級法院合議庭裁判

卷宗編號:531/2022
(民事上訴卷宗)

日期:2022年11月10日

上訴人:A(被告)
被上訴人:XXX廟慈善會又名XX廟(原告)
***
一、概述
XXX廟慈善會又名XX廟(以稱“原告”或“被上訴人”)向初級法院民事法庭針對A(下稱“被告” 或“上訴人”)提起宣告之訴,請求判處被告:(一)不得使用或處分XXX廟內屬於原告的物品;(二)騰出XXX廟及帶走其個人之物品;(三)不得向他人自詡為原告的代表;(四)不得在廟宇內進行任何祭祀儀式或活動;(五)不得向他人出售屬於廟宇的物品;以及(六)不得收取信眾或第三人交予XXX廟的任何捐獻。
被告在答辯狀中依據《民事訴訟法典》第288條的規定,提出誘發對立參加的附隨事項,聲請召喚澳門特別行政區參加訴訟。
原審法官不批准有關聲請。
被告不服,向本中級法院提起平常上訴,並在上訴的陳述中點出以下結論:
   “1. 於2022年2月24日,由澳門特別行政區初級法院法官 閣下作出之批示中,針對上訴人提出的誘發對立參加申請,尊敬的法官 閣下決定駁回上訴人提出之誘發對立參加的申請。
   2. 然而,對於上述尊敬的法官 閣下之決定,除了給予應有的尊重外,上訴人不予認同。
   3. 上訴人須指出,上訴人清楚知悉其本人只為XXX廟(XX廟)之“廟祝”,即廟宇的實際管理者,而非廟宇的所有權人。
   4. 上訴人從沒有拒絕離開及將XX廟交還予其所有權人,亦從沒有宣稱自己為“康真君慈善會”的代表。
   5. 根據澳門《基本法》第7條規定及澳門《民法典》第1265條之規定,本案所涉及之XX廟屬澳門特別行政區所有,被列為澳門文化遺產,在涉及重大公共利益的情況下,上訴人需確保將XX廟交還予其所有權人,即交回澳門特別行政區,並由特區政府管理,以免對XX廟造成任何損害或使之面對風險。
   6. 因此,上訴人並非不滿足被上訴人(即原告)之主張離開XX廟,而是需確保在上訴人離開後,XX廟是交回予其所有權人負責管理,以確保廟宇獲得妥善的管理。
   7. 澳門特別行政區作為XX廟的所有權人,其對XX廟具有處分、收益及使用等權力,而有關的權力明顯與起訴狀中提出的主張及請求不相容。
   8. 為此,上訴人提出的誘發對立參加聲請符合澳門《民事訴訟法典》第288條之規定,因而請求誘發澳門特別行政區以對立參加人的身份参與本案之訴訟程序,以便其提出其主張,確保本案所涉及之文化遺產 – XX廟獲得妥善的交接及管理。
   9. 此外,上訴人為履行CV1-21-0050-CAO-A (原為CV1-21-0005-CPV)之保全程序之判決,已於2022年3月29日離開XXX廟(即XX廟)。
   10. 由於上訴人已離開XX廟,意即上訴人在客觀上已滿足了被上訴人之主張,同時,上訴人知悉澳門特別行政區有條件聲稱具有與被上訴人之權利不相容之權利,符合澳門《民事訴訟法典》第288條之規定。
   11. 綜上所述,本案所涉及之XXX廟(即XX廟)為澳門特別行政區所有,且被列為澳門文化遺產,涉及重大公共利益,而上訴人提出的誘發對立參加聲請亦符合澳門《民事訴訟法典》第288條之規定,為此,應批准上訴人提出的誘發參加的申請,根據澳門《民事訴訟法典》第288條的規定,誘發澳門特別行政區以對立參加之方式,參與本訴訟。
   基於上述原因,請求法官 閣下裁決本上訴成立,並作出下列裁判:
   1) 撤銷尊敬的 初級法院法官 閣下於2022年2月24日作出之批示中,駁回上訴人提出之誘發對立參加的申請的決定;
   2) 以及批准上訴人提出的誘發參加的申請,根據澳門《民事訴訟法典》第288條的規定,誘發澳門特別行政區以對立參加之方式,參與本訴訟。”
*
原告在答覆中點出以下結論,並請求本院裁定上訴理由不成立:
   “1. O recurso do Réu incide sobre o despacho que indeferiu a intervenção provocada da RAEM.
   2. Dispõe o art. 288º do CPC que o réu pode chamar terceiros para deduzir uma pretensão na acção caso esteja “disposto a satisfazer a pretensão do autor”.
   3. Ou seja, para recorrer ao normativo, não pode o Réu defender-se no sentido de não estar obrigado à prestação reclamada pelo Autor, mas antes admitindo essa obrigação, embora alegue que há um terceiro que também se arroga perante o mesmo direito que o Autor.
   4. Na contestação, o Réu alega inequivocamente que não está obrigado à prestação reclamada pelo Autor.
   5. A ideia da norma é permitir ao devedor cumprir devidamente com a obrigação, nomeadamente quando há incerteza sobre o credor da prestação.
   6. Se uma pessoa A não se considera obrigada a prestar perante outra.
   7. O argumento do Réu é que a Autora não é proprietário do terreno, mas sim a RAEM, pelo que a Autora nem sequer pode pedir a expulsão do Réu do templo.
   8. Isto é diferente do Réu referir que pretenderia entregar as chaves do templo, mas considera que teria de ser à RAEM e não à Autora.
   9. Um exemplo paradigmático da intervenção seria um réu que admite ser devedor de uma quantia, mas que tem dúvidas relativamente ao credor porquanto há um terceiro além do autor que se arroga nessa qualidade.
   10. Se o réu não se considera sequer devedor, nem se justificaria que o terceiro fosse chamado pois que o réu nem se considera devedor, pelo que nem deveria ao autor ou ao interveniente.
   11. O Réu refere que nunca se recusou a sair do templo, apenas que só o faria essa entrega do templo à RAEM, o que não corresponde à verdade, pois que se opôs à petição da Autora.
   12. Não está aqui em caso se em abstracto o Réu aceita sair do templo, mas sim que nestes autos em específico, o Réu pretenda satisfazer a prestação reclamada pela Autora nestes autos.
   13. Refere ainda o Réu que em 29/03/2022, abandonou o templo em virtude do procedimento cautelar, o que seria demonstrativo da sua abertura nesse sentido. Na verdade, o Réu fê-lo porque foi compelido pela decisão nos autos de providência cautelar.
   14. Além disso, o Réu recorreu da referida decisão que o ordenou a sair do templo, mostrando o seu desacordo com a mesma.
   15. O que o Réu pretende encapotamente é que o Tribunal se pronuncie sobre o direito de propriedade sobre o Templo, que não está causa nestes autos.
   16. Não estando o Réu predisposto a desocupar o templo, mostra-se precisamente que não tem qualquer intenção de cumprir com a sua obrigação, pelo que não pode o pedido de intervenção, que tem aquele requisito, deixar de improceder.”
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已將卷宗送交兩位助審法官檢閱。
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二、理由說明
被訴裁判的內容如下:
   “被告以XX廟是屬於澳門特別行政區所有,請求誘發澳門特別行政區以對立參加的方式參與本訴訟,並引用《民事訴訟法典》第288條作為依據。
   原告反對。
   根據《民事訴訟法典》第288條之規定,如被告願意滿足原告之主張,但知悉第三人聲稱具有或有條件聲稱具有與原告之權利不相容之權利者,得於就答辯所定之期間屆滿前,聲請傳喚該第三人,以便其欲提出本身之主張時能為之。
   被告提出誘發對立參加申請的必要前提是,被告願意滿足原告之主張。
   按Cândida da Silva Antunes Pires及Viriato de Lima指出: “Para que o réu possa requerer a intervenção de terceiro não pode contestar a pretensão do autor, tem de aceitar que está obrigado a prestar. Se contestar, não pode requerer a intervenção.”(見澳門民事訴訟法典註譯及評論,第二輯,澳門大法學院出版,2008年,第218頁)。
   考慮到被告提交了答辯狀,當中對原告在起訴狀提出的主張及事實提出爭執,沒有表示願意滿足原告之主張,被告提出的誘發對立參加聲請不符合《民事訴訟法典》第288條所指之被告提出誘發對立參加申請的必要前提。
   基於此,被告提出的誘發對立參加申請理由不成立,本法庭決定駁回被告提出之誘發對立參加的申請。
   本附隨事項的訴訟費用由被告支付。
   作出通知。”
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顯而易見,原審法官在上述裁判中已就原告提出的問題作出精闢的分析,批示理據充分,因此根據《民事訴訟法典》第631條第5款的規定,本院同意引用被訴裁判所持的依據來裁定是次上訴理由不成立。
這裡僅作一點補充。
事實上,《民事訴訟法典》第288條規定的誘發對立參加之附隨事項的適用前提是被告接受原告的主張,願意滿足有關請求,但對給付對象存有懷疑,因此聲請召喚真正權利人參加訴訟,以免因不當給付而須作第二次給付。
在本案中,上訴人即案中被告在答辯狀中並沒有承認其本人有義務作出返還和其他之給付。相反,被告針對原告起訴狀中的事實提出爭執,因此不見得其願意滿足有關請求,向真正權利人作出應作之給付。
另外,按照《民事訴訟法典》第290條第1款的規定,法官若批准召喚第三人以對立參加人身分參加訴訟,而後者又選擇不提出其主張,法官就須立即作出判決,按原告之請求對被告作出判處。
由此可見,如果被告在答辯狀中沒有表示願意接受有關主張,相反針對原告主張的事實事宜提出爭執,那麼法官就沒有條件按《民事訴訟法典》第290條第1款的規定立即作出判決及按原告之請求對被告作出判處。由此可以得出結論,誘發對立參加之附隨事項在本個案中並不適用,因為被告沒有表示願意(向真正權利人)滿足原告所提出的主張,不符合《民事訴訟法典》第288條的適用前提。
基於上文的分析,本院裁定原告提起的上訴理由不成立。
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三、決定
綜上所述,本院合議庭裁定上訴人A提起的司法裁判上訴理由不成立,維持原判。
訴訟費用由上訴人負擔。
登錄及作出通知。
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澳門特別行政區,2022年11月10日
唐曉峰
李宏信
馮文莊
民事上訴卷宗 第531/2022號 第 10 頁