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。in﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽上訴案第815/2022
上訴人:A





澳門特別行政區中級法院合議庭判決書

上訴人A的判刑情況:
- 因觸犯一項「吸毒罪」以及一項「受麻醉品或精神物質影響下駕駛罪」,而於2018年10月23日被第CR4-18-0283-PCC號卷宗判處6個月徒刑,緩刑2年,並附隨戒毒治療考驗制度。
- 於2018年11月23日,在第四刑事法庭合議庭普通刑事案第CR4-18-0191-PCC號卷宗內,被判刑人因觸犯:
- 一項第17/2009號法律第11條第1款所規定及處罰的「較輕的生產及販賣罪」,被判處1年9個月徒刑;
- 一項第17/2009號法律第14條所規定及處罰的「不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪」,處以4個月徒刑;
- 一項第17/2009號法律第15條所規定及處罰的「不適當持有器具或設備罪」,處以4個月徒刑;
- 數罪並罰,合共被判處2年徒刑,緩刑2年6個月。刑罰與上述第CR4-18-0283-PCS號卷宗作競合,合共被判處2年3個月徒刑,緩刑2年6個月,並維持在兩案中判處的戒毒治療考驗及捐獻的制度。其後,案中的緩刑因被判刑人多次違反緩刑義務而被廢止,被判刑人須服2年3個月實際徒刑。
- 因觸犯一項「吸毒罪」以及一項「不適當持有器具或設備罪」,而於2021年10月23日被第CR5-20-0364-PCC號卷宗判處7個月實際徒刑。
- 結合上述第CR4-18-0191-PCC號(已競合第CR4-18-0283-PCS號)以及第CR5-20-0364-PCC號卷宗內的刑罰,被判刑人合共須服2年10個月實際徒刑。

判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2023年9月11日服完全部徒刑,並且已於2022年10月1日服滿了2/3刑期。

刑事起訴法庭為此繕立了第PLC-001-21-2-A號假釋案。在此案中,尊敬的刑事起訴法官於2022年9月30日作出批示,否決了上訴人的假釋。

上訴人A不服上述決定,向本院提起上訴。上訴人提出了以下的上訴理由:
1. 就尊敬的刑事起訴法庭法官閣下否決上訴人假釋申請的批示,在對不同意見表示絕對尊重下,上訴人不認同該決定,並認為上述批示沾有《刑事訴訟法典》第400條第1款所規定的理解法律錯誤之瑕疵,從而錯誤適用《刑法典》第56條第1款規定。
2. 假釋的形式要件為:被判刑者服刑達所獲徒刑刑期之三分之二且至少已服刑六個月。
3. 結合第CR4-18-0191-PCC號(已競合第CR4-18-0283-PCS號)以及第CR5-20-0364-PCC號卷宗內的刑罰,上訴人合共須服2年10個月實際徒刑。
4. 上訴人的刑期將於2023年9月11日屆滿,並於2022年10月1日服滿申請假釋所取決的刑期。
5. 由此可見,上訴人已服刑達三分之二且至少已服刑六個月,符合假釋的刑式要件。
6. 假釋的實質要件為:在綜合分析了被判刑者的整體情況並考慮到犯罪的特別預防和一般預防需要後,法院在被判刑者回歸社會和假釋對法律秩序及社會安寧的影響兩方面均形成了有利於被判刑者的判斷。
7. 在特別預防方面,上訴人不屬初犯,首次入獄,在監獄屬信任類,服刑行為總評價為“良”,沒有違規被處罰的紀錄。
8. 上訴人現年40歲,福建出生,原家庭尚有兩位哥哥及一弟一妹,父母現時已退休。
9. 上訴人於2006年在福建結婚,後來於2016年其妻亦來澳生活,兩人育有一子一女,現年為14歲及10歲。
10. 上訴人於15歲時完成初中課程,其後於19歲時往深圳當貨車司機,及後於2010年隨家人移民來澳當莊荷,3年半後轉做的士司機,入獄前因疫情失業。
11. 上訴人於2015年起受朋輩影響而吸食氯氨酮,入獄後,上訴人已戒毒,並對自己當初的吸毒行為感到後悔及愧疚。
12. 上訴人於2021年5月開始參與醫生房及樓層清潔職訓至今,空閒時亦參加了計算機課程、親子講座、戒除毒癮講座及建築職安卡課程等。
13. 服刑期間,上訴人的妻子及女兒定期到獄中探訪,給予支持及鼓勵,並希望上訴人能早日出獄。
14. 上訴人妻子職業為莊荷,現在其既要上班工作,亦要獨力照顧兩名未成年子女,上訴人的父親已69歲,於2022年5月進行頸部手術,術後由同為69歲的上訴人母親獨力照顧,對於自己未能照顧家人,上訴人不斷反思,感到非常後悔,並希望能早早出獄,照顧家人。
15. 上訴人打算在出獄後繼續當的士司機。
16. 在約一年十個月的牢獄生活中,上訴人不斷自我反省,真誠悔悟,事實上,上訴人自入獄後,行為表現良好,從未因違反獄規被處罰,並已戒毒,由此可見,上訴人的人格不斷朝正面及積極的方向發展,其已具足夠的守法意識及自控能力。
17. 上訴人認為,就是否給予其假釋,應當考慮上訴人在服刑期間的整體行為表現,並以此作為上訴人人格演變的判斷依據。
18. 因此,可預見上訴人一旦獲釋,其將以對社會負責任之方式生活,踏實地向正當的人生目標前進,不再犯罪。
19. 在一般預防方面,上訴人認為,就其所觸犯的罪數及行為的惡性,尤其是毒品罪行對社會的危害性,有關負面因素在量刑時已被考慮。
20. 事實上,上訴人在獄中的整體表現良好,並已戒毒,人格演變有很大的進步,亦有家人的支持及鼓勵。
21. 令人有依據相信,倘公眾對上訴人在獄中的行為表現有所認知,提早釋放上訴人並不會對維護法律秩序和影響社會安寧造成威脅,公眾亦不會在心理上無法接受以及對社會秩序產生重大衝擊。
22. 立法者制定假釋機制的真正目的及背後意義為令服刑者能早日重返社會,給予重新做人的機會。
23. 上訴人在服刑期間的積極改變展現了其堅毅、努力 和決心,倘否決其假釋申請,無疑並不符合刑罰中所追求教育違法者、務求令其重新融入社會及避免重新犯罪的可能性之原有目的。
24. 鑒於上訴人之情況已符合《刑法典》第56條第1款a)項及b)項所指之形式要件及實質要件的規定,因此,上訴人認為,被上訴之批示違反《刑事訴訟法典》第400條第1款所規定的理解法律錯誤之瑕疵。
25. 綜上所述,上訴人認為其已符合假釋之要件,基於被上訴的批示違反了《刑法典》第56條的規定,懇請 尊敬的法官閣下予以廢止,並批准上訴人的假釋申請。
請求:
  基於上述事實及法律依據,被上訴的批示違反了《刑法典》第56條的規定,懇請 尊敬的法官閣下予以廢止,並批准上訴人的假釋申請。
  
檢察院對上訴人的上訴理由作出答覆:
1. 根據《刑法典》第56條的規定,假釋須要符合服刑已達三分之二且至少已滿六個月的形式要件,以及特別預防和一般預防兩個實質要件。
2. 毫無疑問,上訴人已達成給予假釋的形式要件。
3. 在實質要件當中的特別預防方面,上訴人已非初犯,其自過往人格偏差多年,加上其在緩刑期間重覆違反緩刑條件,屢勸不改,我等認為仍需進一步矯正其不良習慣及加強守法意識。總括而言,始終需要多一點時間觀察,才可以確信其已具備重投社會生活的條件。
4. 針對一般預防的部分,上訴人被判處的罪行與吸食毒品和販賣活動有關,觀乎社會上毒品的販賣頻密程度一直高居不下,為確保社會普遍信任當局打擊毒品犯罪的決心與能力及對市民健康的保護,維護社會秩序及法律的有效性,服刑人的服刑期間必須適宜。
5. 基於此,我們同意原審法院的決定,上訴人現時並不符合《刑法典》第56條第1款所規定的給予假釋之要件,上訴應裁定為不成立。

在本上訴審程序中,尊敬的助理檢察長閣下提交了法律意見。1

一、事實方面
本院認為,案中的資料顯示,下列事實可資審理本上訴提供事實依據:
- 上訴人A的判刑情況:
- 因觸犯一項「吸毒罪」以及一項「受麻醉品或精神物質影響下駕駛罪」,而於2018年10月23日被第CR4-18-0283-PCC號卷宗判處6個月徒刑,緩刑2年,並附隨戒毒治療考驗制度。
- 於2018年11月23日,在第四刑事法庭合議庭普通刑事案第CR4-18-0191-PCC號卷宗內,被判刑人因觸犯:
- 一項第17/2009號法律第11條第1款所規定及處罰的「較輕的生產及販賣罪」,被判處1年9個月徒刑;
- 一項第17/2009號法律第14條所規定及處罰的「不法吸食麻醉藥品及精神藥物罪」,處以4個月徒刑;
- 一項第17/2009號法律第15條所規定及處罰的「不適當持有器具或設備罪」,處以4個月徒刑;
- 數罪並罰,合共被判處2年徒刑,緩刑2年6個月。刑罰與上述第CR4-18-0283-PCS號卷宗作競合,合共被判處2年3個月徒刑,緩刑2年6個月,並維持在兩案中判處的戒毒治療考驗及捐獻的制度。其後,案中的緩刑因被判刑人多次違反緩刑義務而被廢止,被判刑人須服2年3個月實際徒刑。
- 因觸犯一項「吸毒罪」以及一項「不適當持有器具或設備罪」,而於2021年10月23日被第CR5-20-0364-PCC號卷宗判處7個月實際徒刑。
- 結合上述第CR4-18-0191-PCC號(已競合第CR4-18-0283-PCS號)以及第CR5-20-0364-PCC號卷宗內的刑罰,被判刑人合共須服2年10個月實際徒刑。
- 判決已生效,現正在服刑,上訴人將於2023年9月11日服完全部徒刑,並且已於2022年10月1日服滿了2/3刑期。
- 監獄方面於2022年8月5日向刑事起訴法庭提交了假釋案的報告書(其內容在此視為全部轉錄)。
- 上訴人A同意假釋。
- 刑事起訴法庭於2022年9月30日作出的批示,否決了對A的假釋。

二、法律方面
上訴人認為已經符合假釋的條件,否決假釋的決定錯誤地評價上訴人的假釋程序的事實前提條件,違反了《刑法典》第56條的規定,應該予以廢止並代之於作出假釋的決定。
我們看看。
《刑法典》第56條規定:
“一.當服刑已達三分之二且至少已滿六個月時,如符合下列要件,法院須給予被判徒刑者假釋:
a) 經考慮案件之情節、行為人以往之生活及其人格,以及於執行徒刑期間在人格方面之演變情況,期待被判刑者一旦獲釋,將能以對社會負責之方式生活而不再犯罪屬有依據者;及
b) 釋放被判刑者顯示不影響維護法律秩序及社會安寧。
二.假釋之期間相等於徒刑之剩餘未服時間,但絕對不得超逾五年。
三.實行假釋須經被判刑者同意。”
從這個規定看,是否批准假釋,除了要符合形式上的條件(服刑已達三分之二且至少已滿六個月)以外,集中在要符合特別及一般犯罪預防的綜合要求的實質條件上。
在特別的預防方面,要求法院綜合罪犯在服刑過程中的表現,包括個人人格的重新塑造,服刑中所表現出來的良好的行為等因素而歸納出罪犯能夠重返社會、不會再次犯罪的結論。
而在一般預防方面,則是集中在維護社會法律秩序的要求上,即是,綜合所有的因素可以讓我們得出罪犯一旦提前出獄不會給社會帶來心理上的衝擊,正如Figueiredo Dias教授的觀點,“即使是在對被判刑者能否重新納入社會有了初步的肯定判斷的情況下,也應對被判刑者的提前釋放對社會安定帶來嚴重影響並損害公眾對被觸犯的法律條文的效力所持有的期望的可能性加以衡量和考慮,從而決定是否應該給予假釋”;以及所提出的,“可以說釋放被判刑者是否對維護法律秩序及社會安寧方面造成影響是決定是否給予假釋所要考慮的最後因素,是從整個社會的角度對假釋提出的一個前提要求。”2
那麼,我們看看上訴人是否符合假釋的條件。
在獄中,上訴人空閒時喜歡閱讀、做運動、參與計算機課程及講座等活動。服刑期間沒有申請報讀回歸課程,但於2021年5月份開始參與醫生房樓層清潔職業培訓至今。在獄中並沒有違規記錄,其表現被列為“信任類”,其行為總評價為“良”, 雖然獄方社工則對上訴人的假釋申請提出肯定的意見,但是,監獄長基於上訴人仍需進一步矯正不良習慣以及加強守法意識的理由提出對其的假釋的否定意見,這明顯說明,上訴人在服刑期間的表現仍然沒有令監獄各方對其行為表現表示滿意,仍然不能顯示其在犯罪的特別預防方面可以得出對他的提前釋放有利的結論,這已經顯示上訴人不能滿足《刑法典》第1款a項的要求。
即使不考慮這些,正如我們一直認為的,囚犯的犯罪後的表現,尤其是在服刑期間在主觀意識方面的演變情況顯示出有利的徵兆,亦不是當然地等同於假釋出獄後不會對社會安寧及法律秩序造成危害,這不單取決於其本人的主觀因素,而更重要的是考慮這類罪犯的假釋所引起的消極社會效果,假釋決定使公眾在心理上無法承受以及對社會秩序產生一種衝擊等負面因素,我們也同樣一直強調,在考慮衡量是否給予假釋的因素的時候,必須在犯罪預防的兩個方面取得一個平衡點,一方面,假釋並不是刑罰的終結,它的最有效作用是在罪犯完全被釋放之前的一個過渡期讓罪犯能夠更好地適應社會,而完全的融入這個再次生活的社會。在本案中,雖然上訴人為澳門居民而顯示出在重返社會方面接受輔導的有利因素,但是,上訴人所實施的犯罪屬於侵犯人類健康最為嚴重的販毒罪,這對於犯罪的一般預防有更高的要求,在囚犯的服刑期間具有更突出的表現以消除其犯罪行為對這個社會法律秩序所帶來的損害之前,難以讓人們相信,提前釋放不會對社會、法律秩序帶來另外一次嚴重的衝擊,就已經決定了上訴人還沒有具備所有的假釋條件,法院還不應該作出假釋的決定。
因此,上訴人的上訴理由不成立,維持被上訴的決定。

三、決定
綜上所述,本合議庭決定判處上訴人A的上訴理由不成立,予以駁回。
上訴人需支付本案訴訟費用,並且支付5個計算單位的司法費。
確定上訴人的委任辯護人的費用為1500澳門元,由上訴人支付。
澳門特別行政區,2022年12月1日


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蔡武彬 (裁判書製作人)


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陳廣勝 (第一助審法官)


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譚曉華 (第二助審法官)
1 其葡文內容如下:
  Entendemos que não deve ser reconhecida razão ao recorrente A, por não estarem preenchidos, na íntegra, os pressupostos da aplicação da liberdade condicional.
  Por força do art.º 56 nº 1 do Código Penal de Macau, a concessão da liberdade condicional depende da coexistência do pressuposto formal e do pressuposto material.
  É considerado como pressuposto formal da concessão da liberdade condicional, que o condenado tenha já cumprido dois terços da pena de prisão e no mínimo de seis meses. Já o pressuposto material abarca a ponderação global da situação do condenado à vista da necessidade da prevenção geral e prevenção especial, sendo a pena de prisão objecto de aplicação da liberdade condicional quando resultar um juízo de prognose favorável ao condenado em termos da aceitável reintegração do agente na sociedade e da defesa da ordem jurídica e da paz social.
  Consta a fls. 154 das anotações do Código Penal de Macau dos Drs. Manuel Leal-Henrique e Manuel Simas Santos o seguinte: “Nas sessões de trabalho entre os representantes da Assembleia Legislativa e do Executivo discutiu-se amplamente a temática da liberdade condicional, tendo os deputados chamado à atenção para a necessidade de se imprimir maio rigor na aplicação do instituto.”, citando o respectivo registo do relatório das Sessões, “Ainda sobre a liberdade condicional, foram apresentadas desconcordâncias quanto do estipulado no …., e no nº 4, que consagra a concessão ope Legis da liberdade condicional na situação aqui regulada. (in Relatório das Sessões)”.
  Neste sentido, a aplicação da liberdade condicional nunca é feita pela lei com carácter automático, ou seja, não é obrigatório aplica-la mesmo estando preenchido o pressuposto formal, tendo de mostrar-se satisfeito o pressuposto material.
  É evidente, em consonância com o vigente C.P.M., ser a última ponderação a influência à ordem jurídica e tranquilidade social trazida pela decisão da concessão da liberdade antecipada do condenado.
  Analisados os autos, foi o recorrente condenado duas vezes, pela prática de crimes, Tráfico de droga (de menor gravidade), Consumo de droga, Detenção indevida de utensílio, e Condução sob influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas, mostrando assim a sua fraca capacidade de se afastar da prática de actos ilícitos.
  Mesmo que seja especulativo de aferir a intenção da reintegração social do recorrente, bem como a verificação do seu comportamento adequado durante o período do cumprimento da pena de prisão, ou seja, do “bom comportamento prisional”, entendemos que não são preenchidos completamente os pressupostos da concessão da liberdade condicional, por não conseguirmos chegar, nem conseguiu o Sr. Director do E.P.M. (fls. 7), a uma conclusão favorável ao recorrente, confiando que este, uma vez em liberdade, conduzirá a sua vida de modo socialmente responsável sem cometer crimes.
  Em referência à natureza e à consequência jurídica do crime de tráfico de estupefacientes, são evidentes a gravidade do crime, o prejuízo para a saúde pública e a perturbação da tranquilidade social, tudo consequência dos actos ilícitos praticados pelo recorrente.
  Como é do conhecimento geral a criminalidade relacionado como o tráfico de produtos estupefacientes tem criado muitos e sérios problemas sociais, relevando exigências de prevenção geral relativamente a este tipo de actividades ilícitas, que se constituem como riscos sérios para a saúde pública e a paz social.
  In casu, tendo em consideração a realidade social de Macau e a rigorosa exigência da prevenção geral quanto aos tipos de crimes praticados pelo recorrente, bem como a influência negativa que a liberdade antecipada do recorrente, como um recluso reincidente, virá trazer para a comunidade, nomeadamente, o prejuízo da expectativa da eficiência das leis, temos de afirmar que a concessão da liberdade condicional seria muito provavelmente, incompatível com a ordem jurídica e a paz social, nos termos do disposto nº 56 nº 1 do C.P.M..
  Pelo exposto, não conseguimos chegar a uma conclusão favorável ao recorrente para lhe conceder a liberdade condicional, por não vermos que as condições em que o recorrente se encontra encontrem eco no disposto do art.º 56 nº 1 do C.P.M..
  Concluindo, entendemos que deve ser rejeitado o recurso interposto por manifestamente improcedente.
2 In Direito Penal Português, Ao Consequências Jurídicas do Crime, 1993, pp. 538-541.
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TSI-815/2022 P.1