Acórdãos

Tribunal de Segunda Instância

    • Data da Decisão Número Espécie Texto integral
    • 05/08/2004 208/2004 Recurso em processo penal
    • Assunto

      - Medida de coacção de prisão preventiva.
      - Pressupostos.
      - “Crime incaucionável”.

      Sumário

      1. Com o estatuído no artº 193º do C.P.P.M., previu o legislador local a figura dos “crimes incaucionáveis.

      2. Assim, existindo nos autos fortes indícios da prática por parte do ora arguido de, (nomeadamente), um crime de “rapto (agravado)” p. e p. pelo artº 154º, nº 1 al. a) e nº 2 e artº 152º, nº 2, al. a) do C.P.M. com pena de prisão de 5 a 15 anos, bem se vê que, atento o preceituado no artº 193º nºs 1 e 2 do C.P.P.M., “devia” o Mmº Juiz de Instrução Criminal aplicar ao arguido a medida de coacção de prisão preventiva.

       
      • Votação : Unanimidade
      • Relator : Dr. José Maria Dias Azedo
      • Juizes adjuntos : Dr. Mário J. de Oliveira Chaves
      •   Dr. Álvaro António M. A. Dantas
      • Observações :Os Exmºs Juízes Mário J. De Oliveira Chaves e Álvaro António M. A. Dantas intervêm a título de Juízes Adjuntos substitutos
    • Data da Decisão Número Espécie Texto integral
    • 05/08/2004 200/2004 Recurso em processo penal
    • Assunto

      - Liberdade condicional.
      - Regime aplicável.
      - Pressupostos.

      Sumário

      O preceituado no artº 56º nº 1 do C.P.M. quanto aos “pressupostos” da liberdade condicional só é de aplicar quando em causa estiver a decisão daquela em relação a um recluso condenado por crimes cometidos após a entrada em vigor do dito código; (cfr. artº 12º nº 2 do D.L. Nº 58/95/M).

       
      • Votação : Unanimidade
      • Relator : Dr. José Maria Dias Azedo
      • Juizes adjuntos : Dr. Mário J. de Oliveira Chaves
      •   Dr. Álvaro António M. A. Dantas
      • Observações :Os Exmºs Juízes Mário J. De Oliveira Chaves e Álvaro António M. A. Dantas intervêm a título de Juízes Adjuntos substitutos
    • Data da Decisão Número Espécie Texto integral
    • 29/07/2004 173/2004 Recurso em processo penal
    • Assunto

      – atenuação especial da pena
      – art.° 66.° do Código Penal de Macau
      – furto qualificado
      – prevenção geral

      Sumário

      1. A acentuada diminuição da culpa ou das exigências de prevenção (“necessidade da pena”), constitui o pressuposto material da aplicação do art.º 66.° do Código Penal de Macau.
      2. E tal só se verifica quando a imagem global de facto, resultante da actuação da(s) circunstância(s) atenuante(s), se apresente com uma gravidade tão diminuída que possa razoavelmente supor-se que o legislador não pensou em hipóteses tais quando estatuiu os elementos normais da moldura cabida ao tipo de facto respectivo.
      3. Em todo o caso, a atenuação especial só pode ter lugar em casos extraordinários ou excepcionais.
      4. São muito elevadas as exigências de prevenção geral do crime de furto qualificado.

       
      • Votação : Unanimidade
      • Relator : Dr. Chan Kuong Seng
      • Juizes adjuntos : Dr. José Maria Dias Azedo
      •   Dr. Lai Kin Hong
    • Data da Decisão Número Espécie Texto integral
    • 29/07/2004 155/2004 Recurso em processo penal
    • Assunto

      – acidente de viação
      – danos não patrimoniais e sua reparação equitativa
      – art.º 487.º do Código Civil de Macau
      – art.º 489.º do Código Civil de Macau

      Sumário

      É de confiar no juízo de valor formado pelo Tribunal a quo na determinação equitativa da reparação de danos não patrimoniais em face das circunstâncias dadas por assentes no texto da decisão recorrida, caso o seu montante não se mostre exagerado à luz do disposto no art.º 487.º, ex vi do art.º 489.º, ambos do Código Civil de Macau.

       
      • Votação : Unanimidade
      • Relator : Dr. Chan Kuong Seng
      • Juizes adjuntos : Dr. José Maria Dias Azedo
      •   Dr. Lai Kin Hong
    • Data da Decisão Número Espécie Texto integral
    • 29/07/2004 165/2004 Recurso em processo penal
    • Assunto

      Acidente de viação.
      Pedido de indemnização civil.
      Danos não patrimoniais.
      Danos futuros.
      Juros.

      Sumário

      1. A indemnização por danos não patrimoniais tem como objectivo proporcionar um conforto ao ofendido a fim de lhe aliviar os sofrimentos que a lesão lhe provocou, visando proporcionar momentos e prazer ou de alegria, em termos de neutralizar, na medida do possível, o sofrimento moral de que padeceu.
      2. Os juros sobre os montantes atribuídos a título de indemnização por “danos patrimoniais” são contabilizados a partir da citação da demandada para contestar o pedido civil, e, por sua vez, os juros sobre o montante da indemnização por “danos não patrimoniais”, a partir do momento em que se tornem líquidos, e assim, com o trânsito em julgado da decisão.

       
      • Votação : Unanimidade
      • Relator : Dr. José Maria Dias Azedo
      • Juizes adjuntos : Dr. Chan Kuong Seng
      •   Dr. Lai Kin Hong